Endividamento estatal é base do receituário neoliberal: o “andar de cima”, já quase isento de impostos, engorda ainda mais com os juros pagos pelo Tesouro. Recuperar o saúde das contas públicas requer uma reforma tributária para valer

Para livrar o governo da Síndrome de Estocolmo. Europa: A guerra suja e o silêncio dos intelectuais. Violência contra a mulher e a surdez kafkiana. ChatGPT: nem monstro, nem tábua de salvação

Crescem os sinais de que o Planalto acomoda-se a pressões neoliberais e fisiológicas – que o aprisionam e chantateiam. Tendência precisa ser revertida rápido, ou apequenará Lula III e o deixará sem defesas diante de crise à vista

Diante do alarmante avanço do fascismo e da naturalização de conflitos sem fim, o mutismo de quem deveria denunciar a mentira e a falsificação dos valores. Autodemitidos de seu papel social, assistem apáticos à escalada imperial dos EUA

Relatar traumas vividos tem efeito psíquico, pois ajuda a restaurar subjetividades; e político, ao expor feridas abertas da sociedade. Mas aí vem o escárnio, como no caso Gabriela Prioli: sintoma de que ouvir é difícil quando o dito nos implica

Fatalmente, ele pode automatizar serviços intelectuais-braçais, mas não substitui raciocínios cerebrais – assim como a roda não eliminou as pernas. Sob gestão democrática e transparente, é ferramenta poderosa. E precisamos saber usá-la

Mazzucato: no Comum, uma nova Economia. Chomsky em busca da paz na Ucrânia. Queda do Céu: quando o Yanomami dá o espelho ao Brasil. Quando as vítimas não confiam na polícia

Personagem do tempo-Exu, do filme Branco sai, preto fica, Dimas vem de um futuro que já passou e é trovador de um passado que insiste em acontecer de novo. E tudo observa do “ponto de vista da laje”, de onde enxerga o centro, mas este não o vê

Não se trata de “corrigir as falhas” do mercado, sustenta a economista – mas de superar sua lógicas de captura da riqueza coletiva e concentração de poder. As sementes da mudança já existem. Falta articulá-las em teoria e ação política

Fruto de 40 anos de diálogo entre um xamã e um antropólogo, o livro é de atualidade atroz. E revela, sobretudo, o impasse civilizatório do país dos “comedores de terra”, que aposta na devastação ao invés da riqueza da floresta e da diferença