Obra de Leonardo Sakamoto reúne autores do mundo e diagnostica: trabalho forçado e degradante, financiou capitalismo, e “evoluiu”. Desenvolveu ampla rede global de exploração, em moldes corporativos. Brasil fiscaliza, mas não erradica

Para diretora do Inesc, vitória de Trump altera ordem mundial: acordos climáticos rompidos, parcerias bilaterais privilegiadas, espaços de participação reduzidos. Corporações aproveitam-se de vácuo para capturar organizações como ONU

Em Barão de Cocais (MG), relatos de permanente agonia: a qualquer momento toneladas de rejeitos podem atingir cidade. Os bancos se foram; hospitais estão superlotados com casos de pânico e depressão. Reverter perigo tardará três anos

Mobilização foi além dos sindicatos e derrotou “reforma” da Previdência. Arrojados e criativos, trabalhadores ocuparam ruas e estão em greve há quase 2 meses. Ensinaram à esquerda: é possível superar fragmentação e unir também precarizados

Um ano após crime da Vale, que matou 270 pessoas, água do rio Paraopeba continua imprópria para consumo. População sofre com doenças respiratórias, dengue e aumento de taxa de suicídios. Consumo de remédios psiquiátricos aumentou 80%

Na surdina, governo adere a acordo internacional que o impede de privilegiar empresas nacionais, nas compras do Estado. Multinacionais têm novo filão e país renuncia a mecanismo que geraria empregos e desenvolvimento tecnológico

Diante da complacência do governo, corporações lançam 4 mil pedidos para explorar terras indígenas — 71 delas, de povos sem contato com a “civilização”. Funai afrouxa fiscalização, favorece garimpo ilegal e contaminação por contato com brancos

Governo quer vender instituições cruciais, por concentrarem dados dos cidadãos e empresas brasileiras. Para liderança sindical, processo começou com fechamento de unidades, sucateamento e manobra para bloquear debate no Congresso

Fruticultura no Nordeste tem 3ª maior safra do mundo. Lucra R$ 40 bi por anos. Mas mão de obra tem vida miserável — está entre os 20% mais pobres do país. Agora, lideranças lutam para que corporações como Unilever e Tesco sejam responsabilizadas

Sancionada por Temer, “reforma” deveria valer para este ano. Propõe, entre outros, currículo fragmentado entre disciplinas obrigatórias e optativas. Entidades de professores a rechaçam. Gestores, sem normas e orçamento, estão perdidos