O novo jornalista: um DJ intercultural?

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Quais os novos papéis do jornalista, num tempo em que todos podem narrar o presente? Criador da rede Global Voices, o norte-americano Ethan Zucherman oferece, numa conferência da iniciativa TED, uma resposta intrigante.

Ele sugere que as sociedades ainda usam muito rudimentarmente as possibilidades abertas pela internet. A maior parte dos internautas continua se comunicando com gente de sua mesma etnia e sintonia cultural. As  imensas possibilidades de compartilhar pontos de vista segue irrealizada, na prática. O norte-americano médio tem menos acesso a informações sobre o que se passa em outros países que há trinta anos.

As informações estão disponíveis e fartas. Mas falta, segundo Zucherman, quem as contextualize. A informação sobre o golpe de Estado em Madagascar, postada num blog da ilha, permanecerá ininteligível no Brasil e na maior parte do mundo. Para que faça sentido, será preciso que alguém a complemente com informações capazes de tornar viva realidade malgaxe. Esse seria um dos novos papéis do jornalista — um profissional muito diferente do que é formado nas faculdades de Comunicação.

Como atrativo adicional, vale notar, no vídeo, a extensa referência ao Cala a Boca, Galvão, e à ampla presença do Brasil nas redes sociais da internet.

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