Haddad inclui estrangeiros no Bolsa Família

Prefeitura paulistana torna programa acessível também a imigrantes; até 50 mil pessoas, entre haitianos, bolivianos e africanos, poderão ser beneficiadas

No SpressoSP

 

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Prefeitura paulistana torna programa acessível também a imigrantes; até 50 mil pessoas, entre haitianos, bolivianos e africanos, poderão ser beneficiadas 

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Pela primeira vez no Brasil uma cidade vai acolher estrangeiros no programa federal Bolsa Família. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (5) pela prefeitura de São Paulo e vai beneficiar até 50 mil imigrantes, entre haitianos, bolivianos e africanos que vivem na capital paulista em situação de extrema pobreza.

A ideia, de acordo com o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottilli, é a de combater a situação de vulnerabilidade dessas pessoas, sujeitas, muitas vezes, ao trabalho escravo.

“Queremos evitar que a pessoa se submeta à condição degradante por um prato de comida. O Bolsa Família é fundamental para isso”, afirmou o secretário em alusão aos casos de trabalhos análogos à escravidão que foram descobertos. Recentemente, uma operação que contou com a participação da prefeitura resgatou mais de 30 imigrantes bolivianos trabalhando quase como escravos para uma confecção da Renner, na zona norte.

A inclusão foi possível graças a um entendimento do Ministério do Desenvolvimento Social do Estatuto do Estrangeiro, que prevê que os imigrantes tenham os mesmos direitos que os brasileiros. De acordo com Sotilli, nem a própria gestão municipal sabia, até a pouco tempo, dessa possibilidade de inclusão.

“Não é piedade. É do interesse da cidade que esses imigrantes se desenvolvam e produzam para fazer São Paulo crescer”, disse.

Para ter acesso ao benefício, o imigrante terá que possuir ao menos o protocolo do pedido de refúgio ou o Registro Nacional de Estrangeiros, além de CPF e renda de, no máximo, R$140 mensais.

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Um comentario para "Haddad inclui estrangeiros no Bolsa Família"

  1. Enfim um governo que se dispõe a tratar o ser humano como tal, para além das defesas institucionais como o “nacionalismo”. Num mundo em que a mercadoria vale mais do que quem a produz, uma notícia dessa chega a ser surpreendente!

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