São Paulo aprova distribuição de canabidiol pelo SUS

• Programa Nacional de Vacinação 2023 • Esperança na vacina do Butantan contra dengue • Contratação de planos de saúde cresce • Cremerj contra médicos cubanos •

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São Paulo aprova distribuição de canabidiol pelo SUS

São Paulo entra na lista de estados que decidiram incorporar o uso de maconha medicinal no SUS, atrás de Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia. O projeto foi sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas, em evento no dia 31/1, e libera a distribuição de produtos à base de canabidiol (CBD) e de tetrahidrocanabinol (THC) – esta com uso mais restrito. “O importante é que São Paulo vai ter uma política pública dedicada a esse medicamento”, afirmou o governador. Mas não é tão simples assim: no DF, por exemplo, a lei foi aprovada em 2016 mas até hoje o produto não está disponível para a população. Tarcísio – que diz “não ter vergonha de ser do bolsonarismo” – pareceu compreender que não há espaço para conservadorismo nessa questão, que é de extrema importância para pacientes com doenças como esclerose múltipla, síndrome de West e síndrome de Dravet.

Saúde divulga cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023

As ações para vacinar os brasileiros nessa nova etapa começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a covid-19. Elas serão destinadas à população com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência. Na segunda fase, que começa em março, toda a população deve ser vacinada, tanto adultos quanto crianças e bebês. O calendário também inclui a vacinação contra gripe, sarampo e poliomielite, nos meses seguintes. “É importante ressaltar que, para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas”, escreveu o ministério da Saúde, em uma clara virada de página dos tempos sombrios.

Vacina do Butantan contra a dengue tem eficácia de 80%

Os resultados preliminares da fase 3 da produção da vacina contra a dengue do Instituto Butantan foram bastante animadores. Nessa etapa, que é a última antes do pedido de registro na Anvisa, o imunizante Butantan-DV foi testado em mais de 10 mil pessoas. A eficácia inicial foi de redução de 79,6% do risco de adoecer com o vírus, em comparação com o grupo de controle. “Esse é um nível de proteção excelente para uma formulação produzida com vírus vivo atenuado”, afirmou a neurologista Fernanda Boulos, diretora médica do Instituto Butantan, à revista Pesquisa Fapesp. Ao chegar ao fim das fases de teste, e se for aprovada, será a primeira vacina totalmente feita com tecnologia e pesquisadores brasileiros, trabalho de mais de uma década. O imunizante é feito com o vírus atenuado, que não é capaz de causar a doença.

ANS: cresce o número de usuários de plano de saúde no Brasil

Chegamos ao maior número de pessoas com plano de saúde contratado em 8 anos, segundo nova informação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em dezembro, o número era de 50.493.061 usuários, mais de 1,5 milhão a mais do que no ano anterior. Todos os estados do país tiveram aumento, mas ele foi mais intenso nos três mais populosos: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre as faixas etárias que mais contrataram planos de saúde privada, o maior crescimento foi de usuários entre 40 e 44 anos. O setor estava em queda desde 2015, mas a pandemia fez a tendência ser revertida: em março de 2020, o número era de 47,1 milhões – desde então, o aumento já é de 7%. Isso aconteceu apesar do reajuste de 15,5% em meados de 2022.

Cremerj é contra a recontratação dos médicos cubanos

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) se incomodou com a notícia de que o Mais Médicos voltará a contratar profissionais cubanos. A decisão determina que 1,7 mil intercambistas que ficaram no Brasil possam ser recontratados pelo programa, que foi criado em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff. Essa recontratação pode ser importante para ajudar na crise humanitária na terra Yanomami, por exemplo. Mas a autarquia médica não está contente, e entrou com uma ação civil pública contra a medida. Exigem que os profissionais tenham registro no CRM – o Cremerj quer poder aplicar sanções quando houver más práticas. Curioso é não terem tido o mesmo rigor com médicos que colaboraram com o governo Bolsonaro quando morriam centenas de brasileiros diariamente, no auge da pandemia de covid…

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