Mais Médicos preenche 99% das vagas
• Mais Médicos preenche 99% das vagas • Semana da vacinação da OPAS • Zika vírus em gestantes obesas • Câncer na gargantas e HPV • Opioides e recém nascidos • DNA humano único entre mamíferos •
Publicado 02/05/2023 às 09:41 - Atualizado 02/05/2023 às 09:52
Praticamente todas as 6.252 vagas da primeira chamada do Mais Médicos foram preenchidas. O ministério da Saúde informou que os municípios já solicitaram 99% dos postos, distribuídas pelas 2.047 regiões de saúde; cerca de mil médicos se deslocarão para a Amazônia Legal e 47% das vagas são destinadas a áreas consideradas mais vulneráveis. Até o fim do ano, o governo federal abrirá mais 10 mil vagas, do total de 28 mil que o novo Mais Médicos pretende distribuir pelo país. Nesta fase, as vagas foram disponibilizadas conforme pedidos dos municípios. Na segunda fase, os próprios profissionais poderão se inscrever. Como já mostrou o Outra Saúde, a nova versão do programa oferece mais subsídios para a progressão da carreira dos médicos.
OPAS encerra semana da vacinação
Terminou no dia 29/5 a campanha da Organização Pan-Americana de promoção das vacinas nos países americanos. Sob o mote Mantenha-se em dia #CadaVacinaConta, a organização presidida pelo brasileiro Jarbas Barbosa reforçou a necessidade de promoção da vacina no continente, que viu suas taxas de cobertura desabarem nos últimos anos. Dessa forma, alerta Barbosa, o continente se vê sob a maior ameaça de novos surtos epidêmicos dos últimos 30 anos. A entidade também está engajada na Plataforma Regional para o Avanço da Fabricação de Vacinas contra a covid-19 e outras Tecnologias de Saúde nas Américas, que estabeleceu parcerias com laboratórios de Argentina e Brasil (Fiocruz Manguinhos) para desenvolvimento de vacinas com base em RNA mensageiro.
Gestantes obesas mais vulneráveis a zika vírus
Pesquisa de cientistas da USP conseguiu demonstrar pela primeira vez que mulheres obesas infectadas por zika vírus têm uma resposta inferior da chamada barreira placentária, o que aumenta as chances de contaminação do bebê. O grupo de pesquisadores analisou amostras da placenta de grávidas com obesidade infectadas ou não pelo zika e verificou as diferenças na transcrição de genes e produção de proteínas capazes de conter o avanço da doença. Apesar disso, o estudo não demonstra haver uma maior propensão de microcefalia nos fetos dessas mães, mas o baixo número de mulheres estudadas não permite uma conclusão a este respeito.
Aumento de câncer na garganta está ligado a HPV
O papilomavírus humano, também conhecido como HPV, é uma infecção sexualmente transmissível que era ligada ao desenvolvimento de câncer cervical e de colo do útero. No entanto, os últimos anos acumularam evidências de que sua transmissão através do sexo oral também provocou uma maior incidência de casos de câncer da garganta. A doença é prevenível através de vacina, que deve ser dada tanto a meninos como meninas no início da adolescência. No entanto, preconceitos e estigmas morais contribuíram para baixas taxas de vacinação da doença que, como mostrou artigo de Hisham Mehanna, até pode ser controlada por meio da imunidade de rebanho, desde que as taxas de vacinação superem os 85%.
Opioides afetam bebês nos EUA
O Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano informa que seis de cada mil nascidos nos Estados Unidos apresentam sintomas de abstinência de fentanil, dos principais metanfetamínicos consumidos no país. Isso se dá pelo fato de as mães terem consumido tais fármacos durante a gestação. O uso abusivo de opioides se tornou a maior causa de morte entre jovens estadunidenses e o país vive situação já considerada epidêmica em seu consumo. Quanto aos bebês, precisam ser internados para desintoxicação e apresentam sintomas similares aos adultos, tais como tremores e espasmos musculares. O consumo recreativo de fentanil é proibido no país, mas seu acesso é burlado sem dificuldades, o que gera vários processos jurídicos de governos estaduais contra grandes varejistas acusados de facilitar sua compra sem receita médica.
O que torna o DNA humano único entre mamíferos?
Estudos sobre sequenciamento genético de 240 espécies, reunidos por cerca de 50 organizações, tenta desvendar quais espécies mamíferas seriam mais suscetíveis à extinção. OProjeto Zoonomia é o maior esforço de comparação genética já realizado e teve seus trabalhos publicados na Revista Science. Como publicado pela Galileu, as pesquisas mostram que mais de 10% do genoma humano têm altos índices de conservação em cerca de 98% das espécies estudadas, o que corrobora a maior complexidade de nosso ser, uma vez que os demais mamíferos encontram cerca de 5% de seu genoma replicado em outras espécies. O estudo se dividiu em frentes diversas, como a que averigua as possibilidades de adoecimento dos seres humanos a partir de certas mutações genéticas e sua própria evolução, parte dela anterior à extinção dos dinossauros.
