PÍLULAS | Terapia genética para tratar hemofilia

Uma possível cura genética para a hemofilia l “Nutricídio”: acossada pela inflação classe média vai de salsichas l Depressão pode não estar ligada à baixa serotonina l Amazon compra empresa de saúde para capturar atenção primária l Disparam as mortes por overdose entre pessoas negras nos EUA l OMS: imigrantes e refugiados mais suscetíveis a doenças

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Uma possível cura genética para a hemofilia 

Uma terapia genética desenvolvida no Reino Unido mostrou resultados positivos em pacientes com hemofilia, doença que impede a coagulação do sangue. O método utiliza um vírus criado a partir de engenharia genética que contém em seu interior instruções para produzir chamado o fator IX. Proteína responsável por interromper sangramentos, ela está ausente nos hemofílicos. O vírus age como uma espécie de mensageiro e entrega as instruções ao fígado, que começa a produzir a proteína de coagulação. Os resultados do estudo foram publicados no jornal científico New England Journal of Medicine

“Nutricídio”: acossada pela inflação classe média vai de salsichas 

Em coluna ao Globo, a nutricionista Priscilla Primi mostra que, diante da grave crise econômica no Brasil, a classe média começou a enfrentar o que os mais empobrecidos já vinham padecendo há tempos: a substituição de alimentos por opções mais baratas – e menos nutritivas. A especialista chama o fenômeno de “nutricídio”. “A carne fresca é substituída por salsicha, o requeijão por creme de queijo com amido de milho, ou seja, substituir a proteína por carboidrato a fim de baratear o custo e aumentar a venda”, situação que leva ao “genocídio nutricional”. O problema é impulsionado também pelo marketing enganoso da indústria, que vende produtos como carne quando na realidade são “compostos de água, açúcar, corantes e aromatizantes”. 

Depressão pode não estar ligada à baixa serotonina

Um artigo publicado na revista Molecular Psychiatry desmente algumas das hipóteses mais aceitas acerca da depressão. Segundo o texto, não há evidências suficientes que confirmem a presença de baixos níveis serotonina como causa direta do distúrbio. A ideia chama atenção porque medicamentos inibidores da recaptação de serotonina vêm dando alguns resultados positivos no tratamento da doença. Os autores observaram, contudo, que nem todos os pacientes com depressão apresentavam baixo nível de serotonina — ou seja, o quadro depressivo estaria associado a outros fatores. Também foi observado que a utilização de métodos para reduzir a serotonina em indivíduos sem a condição não resultou em um quadro depressivo.

Amazon compra empresa de saúde para capturar atenção primária

Prossegue, nos Estados Unidos, o movimento dos gigantes tecnológicos para penetrar na atenção primária à saúde. Seguindo a tendência de investimentos massivos em startups ultratecnológicas que atuam no setor, a Amazon adquiriu uma empresa de cuidados primários, a One Medical. Pagou 3,9 bilhões de dólares. O objetivo é oferecer atendimento virtual e presencial, combinando a tecnologia da One Medical com o que o marketing da Amazon chama de “obsessão pelo cliente, histórico de invenções e vontade de investir a longo prazo”. É o disse o CEO da One Medical, Amir Dan Rubin, em comunicado. 

Disparam as mortes por overdose entre pessoas negras nos EUA

A tragédia de mortes por overdose nos EUA — provocada em larga maioria por opióides de uso legal — ampliou-se com a pandemia. E os negros foram proporcionalmente mais afestados.  Um novo relatório descobriu que, de 2019 até o final de 2020, as overdoses fatais aumentaram 44% entre a população negra do país — o dobro do aumento entre os brancos. O isolamento agravou um cenário já preocupante por dificultar o acesso dos jovens dos serviços sociais, colegas, família e centros de tratamento, além de causar uma devastadora queda de renda para muitos. Segundo os pesquisadores, as drogas tornaram-se uma distração e um consolo. Além disso, o estudo mostra que pessoas negras têm menos acesso que as negras ao tratamento do uso abusivo de substâncias psicoativas. 

OMS: imigrantes e refugiados mais suscetíveis a doenças

Em todo o mundo, milhões de refugiados e migrantes em situações de vulnerabilidade – como aqueles com baixa qualificação – enfrentam mais problemas de saúde do que outras pessoas de suas comunidades anfitriãs. Essa condição é uma realidade especialmente em locais onde as condições de vida e de trabalho são precárias, revela o primeiro relatório mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a saúde dos refugiados e migrantes. O problema revelado tem consequências negativas e diretas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pelo órgão e relacionados à saúde dessas populações. 

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