PÍLULAS: Anvisa nega autorização de três autotestes

• Autotestes negados pela Anvisa • Novo teste de covid chinês • Covid longa dura quanto? • Hamster espalhador de covid • Fim da pandemia na Dinamarca • Câncer na África • Mais problemas nos e-cigarrettes •

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Anvisa nega autorização de três autotestes

Desde que a Anvisa liberou a venda de autotestes no Brasil, 33 empresas já fizeram o pedido de registro para comercialização. Ontem, a agência indeferiu as primeiras três solicitações, segundo a Agência Brasil. Os registros indeferidos são das empresas LMG Lasers, Medlevensohn e Okay Technology. O motivo, segundo a Anvisa, foi a falta de estudos e documentos completos. Entre os outros 30, quatro já foram avaliados e o resultado deverá ser publicado em breve; o restante encontra-se em análise ou à espera da averiguação.


Covid: um novo teste rápido e muito eficiente

Pesquisadores da universidade Fudan, de Xangai, na China, desenvolveram um tipo de teste de alta precisão para detectar covid que oferece o resultado em apenas quatro minutos – e pode representar uma grande virada no rastreamento da pandemia. O exame mais preciso, hoje, é o de PCR, mas seu resultado exige processamento em laboratório e leva no mínimo algumas horas para sair. Esse novo teste, no entanto, utiliza microeletrônica para buscar por material genético do vírus de maneira muito rápida. Sua pesquisa já foi revisada pelos pares e publicada na Nature Biomedical Engineering. Em teste com algumas dezenas de voluntários, apresentou 100% de eficácia. Deverá ser testado em um número maior de pessoas, e caso continue a apresentar alta taxa de acerto poderá ser utilizado para testar pessoas em espaços de grande movimentação como aeroportos e eventos.


Até quando dura a covid longa em pacientes?

Há pacientes que contraíram covid em 2020 e não se recuperaram até hoje. São os casos mais graves do que hoje é conhecido como covid longa, e já há clínicas especializadas para o tratamento dos sintomas, nos Estados Unidos. Entre os sintomas físicos e mentais que persistem – e podem durar anos – estão a perda de olfato e paladar, fadiga extrema, falhas na memória e até incapacidade de fazer cálculos básicos. Muitos deles tiveram de diminuir a carga de trabalho. Ainda não se sabe ao certo o que faz um indivíduo ter covid longa, mas quanto mais grave foi o caso, mais chances de deixar sequelas. Nesta reportagem do Stat News, médicos de clínicas que buscam reeducar a respiração e oferecer exercícios de memória para os pacientes relatam suas preocupações com a doença.


O espalhamento de covid a partir de um hamster, em Hong Kong

O rastreamento de um pequeno surto de covid causado por um hamster, em Hong Kong, pode ajudar os cientistas a compreender melhor o espalhamento do vírus. A suspeita foi levantada após ter sido identificado um caso da variante delta na cidade, em 15 de janeiro – caso estranho, pois desde outubro não se via a cepa na região. Então descobriram a fonte: a pessoa infectada trabalha em uma pet shop, e contraiu o vírus de um dos hamsters sírios. Depois do teste dos animais, descobriu-se a covid em 15 de 28 dos animais – outras espécies de roedores não foram afetadas. Depois de mais estudos, cientistas chineses descobriram que a variante provavelmente estava passeando pelos animais desde novembro, e possivelmente foi trazida por algum deles da Holanda. A variante criou suas próprias mutações nos hamsters, e ainda assim foi capaz de “pular” da espécie para humanos. O estudo só foi possível graças à política de tolerância zero com a covid, na China, que inclui a testagem em massa dos cidadãos


Na Dinamarca, a pandemia acabou

Pelo menos é o que as autoridades decretaram: a partir de 1º de fevereiro, não há mais restrições, necessidade do uso de máscaras, comprovante de vacinação para entrar em bares e restaurantes. Mas não é porque as infecções, por lá, estejam em baixa: na verdade, o país está entre aqueles com proporcionalmente mais registro de casos diários no mundo. São loucos? Na verdade, o que acontece, segundo o pesquisador e consultor do governo dinamarquês Michael Bang Petersen, é que os hospitais estão recebendo cada vez menos pessoas por causa da covid. Com a alta taxa de imunização – cerca de 81% da população está vacinada – e as decrescentes internações, o país está seguro de acabar com todas as suas restrições. Recomendamos a entrevista de Petersen à revista The Atlantic.


O árduo tratamento do câncer, na África

Há diversas fragilidades no tratamento do câncer entre as populações da África subsaariana, desde falta de informação sobre a doença até falta de recursos ou de vacinas. Uma reportagem da DW esmiuçou a questão e conversou com diversos médicos que atuam no continente. Há casos críticos, como na Tanzânia, onde há apenas 20 oncologistas para uma população de 60 milhões. Nos países com populações mais frágeis, muitas vezes os pacientes só vão ao médico depois de o câncer já estar evoluído o suficiente para haver poucas esperanças de tratamento. Outro câncer muito comum – e mortífero – é o de colo do útero, que pode ser facilmente evitado por meio da vacina contra HPV. Especialistas também avaliam que o crescimento da doença na região está ligado à urbanização, enriquecimento e aumento do consumo de álcool, tabaco e carne.


Cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar?

Os chamados cigarros eletrônicos foram alardeados pela indústria de tabaco como método eficiente para parar de fumar. Mas parece que não é bem assim que têm funcionado, na prática. Um estudo observacional publicado recentemente na revista BMJ Tobacco Control com mais de 3.500 pessoas mostrou que, embora mais pessoas tenham começado a fumar com cigarros eletrônicos desde 2017, cada vez menos estão o utilizando para parar de fumar. Na verdade, os pesquisadores perceberam que há mais gente querendo interromper o vício entre aqueles que recorrem ao cigarro tradicional do que entre os adeptos do vaporizador.

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