Para aumentar eficácia, AstraZeneca vai testar sua vacina com Sputnik V

Acordo foi firmado ontem; ensaios não têm data para começar

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Ontem foi confirmada uma notícia que já havia sido adiantada pela AstraZeneca: a empresa assinou um acordo para testar uma combinação de sua vacina com a Sputnik V, do Instituto Gamaleya, da Rússia. A ideia é tentar aumentar a eficácia da primeira (que foi estimada em cerca de 70%, mas com erros no estudo e uma confusão sobre o melhor regime de doses) a partir da segunda (cujos dados preliminares apontam 91,4% de eficácia, mas ainda não foram publicados em detalhes). Foram os desenvolvedores da Sputnik V que sugeriram essa parceria, via Twitter, ainda em novembro.

“Os testes não vão exigir, imagino, grandes investimentos e muito tempo pela simples razão de que as duas plataformas tecnológicas nas quais as vacinas AstraZeneca e Sputnik V são criadas são fundamentalmente semelhantes, muito semelhantes”, disse o diretor do Instituto Gamaleya, Alexander Gintsburg, ao anunciar o início da empreitada. Ambos os imunizantes usam adenovírus como vetores. 

Os novos estudos não interferem na aprovação da formulação atual da vacina da AstraZeneca, já que se trata de um produto diferente. A propósito: apesar de o plano brasileiro se fiar predominantemente nesse imunizante, ainda não se sabe quando um pedido de autorização ou registro será feito à Anvisa. 

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