O papel dos adolescentes na pandemia

CDC confirma que jovens têm o dobro de chances de se infectar em comparação às crianças pequenas e provavelmente são elos importantes na transmissão comunitária do vírus

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Um relatório divulgado ontem pelo Centro de Controle e Doenças dos EUA confirma o que estudos anteriores já vinham demonstrando. Partindo da análise de 277 mil casos de covid-19 entre crianças e adolescentes de cinco a 17 anos no país, a pesquisa viu que os acima de 12 anos tinham o dobro de chances de se infectar na comparação com as crianças mais novas. Segundo o documento, adolescentes e jovens podem desempenhar um papel significativo na transmissão comunitária.

Segundo o documento, adolescentes e jovens podem desempenhar um papel significativo na transmissão comunitária. No entanto, o CDC aponta a verdadeira taxa de infecção não é conhecida por conta da falta de testes generaliados; como crianças têm menos sintomas, provavelmente são menos testadas.

Mas a partir de maio houve um aumento do número de testes que não foi acompanhado na mesma proporção pelo aumento dos registros: entre 31 de maio e 12 de julho, o número de crianças testadas triplicou, enquanto a incidência de infecções dobrou. 

Do total de crianças e adolescentes infectados, 1,2% foram hospitalizados, 0,1% precisaram de UTI e 51 morreram (0,01%). Mas, embora aqueles com doenças pré-existentes tenham tido maior probabilidade de ficar gravemente doentes, isso não foi uma regra. Entre os que morreram, 28% tinham alguma doença prévia (em comparação, em média metade das crianças que morrem após contrair gripe têm algum problema anterior).