Megaestudo sobre menopausa investiga a genética por trás do processo
Cientistas analisaram genomas de 200 mil mulheres, e encontraram pistas que podem ajudar a retardar idade de início
Publicado 05/08/2021 às 09:51 - Atualizado 05/08/2021 às 10:12
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Em um grande estudo publicado ontem na Nature, cientistas de vários países analisaram o genoma de 200 mil mulheres em idade próxima à da menopausa e encontraram sinais que podem ajudar a prevenir a menopausa precoce, tratar a infertilidade e melhorar a saúde reprodutiva. No limite, seria possível até retardar o começo desse processo.
A menopausa ocorre, em média, entre os 47 e os 52 anos, e é causada por uma diminuição da reserva ovariana, a capacidade de produzir óvulos saudáveis.
Uma série de fatores genéticos e não-genéticos influenciam a idade de início. Já se sabe que má nutrição na infância e tabagismo estão associados à menopausa precoce, enquanto excesso de peso está ligado a um atraso. Mas os fatores genéticos têm sido muito menos estudados até aqui.
A nova pesquisa identificou 290 variantes genéticas em mulheres cujo final da vida reprodutiva se afastava da média, para mais ou para menos – a maior parte desses genes está envolvido na reparação do DNA danificado.
Dois deles (Chek1 e Chek2) se destacaram, e, então, os cientistas fizeram experimentos com eles em camundongos. Os resultados impressionaram: tanto a ausência do Chek2 como a introdução do Chek1 nos bichinhos estendeu sua vida reprodutiva.