PÍLULAS: Caso Klara Castanho e o desrespeito à privacidade da mulher

• Cofen investiga caso Klara Castanho • Violência entre ribeirinhos na Amazônia • Fórmula láctea: por que ainda é tão usada? • OMS alerta para falta de inovação em antibióticos • Inteligência artifical identifica autismo • Vírus que pegam carona nos microplásticos •

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Caso Klara Castanho: Cofen irá investigar ataque à privacidade

O ataque à privacidade da atriz Klara Castanho, perpetrado pelo jornalista de bisbilhotagens Leo Dias, pode não terminar sem consequências. Em nota divulgada no domingo, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) se solidarizou com Klara e determinou a apuração da ocorrência para identificar os responsáveis pelo vazamento das informações sigilosas a seu respeito. A atriz relatou ter sido vítima de um estupro e que, meses depois, descobriu que estava grávida. Decidiu parir a criança e oferecê-la para adoção. Uma enfermeira do hospital em que Castanho estava internada teria repassado ao fofoqueiro Leo Dias a informação do parto e revelou que a criança seria encaminhada para a adoção. Mesmo após conversar com Klara Castanho, que cobrou respeito à sua intimidade, Dias disse no programa de Danilo Gentili, SBT, que sabia de uma “maldade” feita por uma atriz e que “sua conta iria chegar”. O caso levanta indignação diante do desrespeito à privacidade e aos direitos da artista como mulher. O vazamento de informações do seu prontuário médico expõe falhas graves do hospital e de profissionais que têm a obrigação legal de proteger o sigilo da paciente, relataram gestores hospitalares e advogados à Folha

Psicólogos atendem comunidades ribeirinhas diante da violência na Amazônia

Um projeto inédito da ONG Zoé, em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará leva psicólogos e psiquiatras para atender comunidades ribeirinhas na Amazônia Legal. Em suas visitas à região do Pará, os voluntários se depararam com situações de violência, como abusos físico, mental e sexual. Também encontraram um cenário de alcoolismo, crises de ansiedade e surtos. Muitas vezes é possível acessar as comunidades ribeirinhas apenas de barco, o que torna o auxílio médico um serviço raro.  Médicos relatam que a falta de assistência pode agravar ainda mais o quadro dos pacientes.

Por que tantas mulheres usam fórmula láctea para seus bebês?

Apenas 44% dos bebês recebem exclusivamente leite materno até o sexto mês de vida, segundo a OMS – 45,8% no Brasil. A maior parte dos bebês acabam por receber fórmulas infantis, que podem ser líquidas ou em pó, apesar de diversas pesquisas sobre o tema certificarem que a amamentação exclusiva com leite materno é mais saudável. Especialistas apontam que os índices revelados estão relacionados à falta de informação nos hospitais sobre a amamentação logo após os partos e também à divulgação de informações erradas. Entre elas está a de que um fluxo de leite baixo logo após o nascimento significa que o leite será insuficiente. Na realidade,  a capacidade de a mulher produzir leite materno normalmente depende da demanda. 

OMS: falta inovação em tratamentos antibacterianos

O desenvolvimento de novos tratamentos antibacterianos é insuficiente para lidar com a crescente ameaça da resistência de bactérias aos antibióticos, de acordo com o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2017, apenas 12 antibióticos foram aprovados, 10 dos quais pertencem a classes já existentes. “Há uma grande lacuna na descoberta de tratamentos antibacterianos e, mais ainda, na descoberta de tratamentos inovadores”, disse Hanan Balkhy, diretor-geral assistente da OMS. “Isso representa um sério desafio para superar a crescente pandemia de resistência antimicrobiana e deixa cada um de nós cada vez mais vulnerável a infecções bacterianas, incluindo as infecções mais simples”.

Inteligência artificial para identificar o autismo
Será que os pacientes do chamado “transtorno do espectro do autismo (TEA) desenvolvem mudanças na anatomia de seus cérebros? É isso que acaba de dizer um estudo do departamento de Psicologia e Neurociência da Boston College, nos Estados Unidos, publicado na revista Science. Pesquisadores utilizaram inteligência artificial (IA) para analisar imagens cerebrais, obtidas por meio de ressonância magnética, de 1.103 indivíduos com autismo. Os resultados teriam permitido a identificação inédita de mudanças na anatomia cerebral. Além disso, diz que pacientes do transtorno podem ter diferentes áreas cerebrais afetadas. 

Vírus sobrevivem na água graças aos microplásticos 

Vírus perigosos podem permanecer infecciosos por até três dias em água doce após “pegar carona” em plásticos, segundo um novo estudo da Universidade de Stirling, Reino Unido. Alguns deles são os vírus entéricos, responsáveis por causar diarreia e problemas estomacais – como o rotavírus. Os pesquisadores apontam que sua sobrevivência é possível após uma ligação aos microplásticos, partículas minúsculas com menos de 5 mm de comprimento que se fragmentam de plásticos maiores descartados diariamente, como garrafas de água, pneus de carro e camisetas sintéticas. Os microplásticos são cada vez mais objeto de preocupação de cientistas e ambientalistas devido a sua capacidade de disseminação e da impossibilidade de retirá-los da comida, água e do sangue humano – onde foram recentemente encontrados. Pesquisadores da Universidade de Sichuan, na China, trabalham para desenvolver um pequeno peixe-robô programado para remover microplásticos dos mares e oceanos. 

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