Mobilização dentro das próprias comunidades ante a pandemia revela seu potencial de coletividade na ausência do Estado. Mas solidariedade não basta, e Renda Básica é “para ontem”. Para ser efetiva após o tempo perdido, precisa ser ampliada
País já é o epicentro do coronavírus. Não há sistema público, consultas são caríssimas e cerca de 70 milhões estão sem assistência ou com planos precários. Desastre é iminente — assim como repensar a mafiosa indústria dos seguros de saúde
Estereótipos de que mulheres negras são mais resistentes à dor resultam em não aplicação de analgesia no momento do parto, causando situações de extremo sofrimento. Racismo estrutural se reflete em tratamento inadequado desde o pré-natal
A economia está parada. Há 50 milhões de desempregados e precários. A fome voltou e os sem-teto estiram-se nas calçadas. Duzentos homens engordam suas imensas fortunas, sem nada produzir. Coincidência? Como nos livraremos deles?
Donos de casas de veraneio em de Maresias (SP) revoltam-se contra construção de condomínio de interesse popular. Há décadas, ocupação irregular de mansões, tolerada pelo Estado, relega a caiçaras e pobres habitações precárias e de risco
São 0,1%. Alguns mostram-se gentis, ternos. Mas, em conjunto, são predadores. Têm ideologia — mas não ideias, nem imaginação. Nós, os 99,9%, somos mais criativos e melhor formados. Mas eles estão coesos e organizados. Nós, nunca?
Estudo inédito revela como ausência de transporte público impacta metrópoles. Em SP, 10% mais ricos têm dez vezes mais chances de encontrar trabalho que 40% mais pobres; brancos tem 80% maior acesso a hospitais de alta complexidade