Procuradores pedem que Congresso derrube medida de Bolsonaro que entrega terras públicas a quem as desmatou. Eles sustentam: além de autoritária, proposta inibe políticas de reforma agrária, incentiva invasão de terras e amplia conflitos no campo

Entre siderúrgicas, madeireiras, políticos, pessoas físicas e ruralistas, multas aplicadas por devastação entre 1995 e 2019 somam R$ 34 bi. Crimes de pecuaristas, que grilam terras da União para abrir pastos, recaem sobre Incra, que lidera ranking

Ao menos 52 assentamentos ameaçados de despejo, em ataques que combinam bandidagem e Judiciário. Modus operandi: acosso jurídico e PM como milícia rural. Em Boa Sorte (RO), granadas, revólveres e assassinato para intimidar camponeses

Aposentado desde o final de 2018 com quadro de depressão, coordenador do grupo no Paraná enfrenta processo de expulsão. Ele ficou conhecido por se posicionar contra o Bolsonaro e por série de textos com críticas à militarização da polícia

Relatório contou 124 homicídios no país em 2019 – o dobro do México, segundo colocado no ranking. País é o mais transfóbico do mundo; 80% dos crimes tiveram requintes de crueldade. Somente 8% dos casos tiveram suspeitos identificados

Detentos amontoam-se em bancos de aço inseguros. Passam mal, desmaiam por falta de ar e têm que urinar e defecar no piso. Conhecidos como “latões”, caminhões realizam viagens de até 17 horas e transportam carne crua entre presídios

Um milagre às avessas rege nossa economia. Desde 2015, cortamos salários, aposentadorias e direitos sociais. Mas dívidas do Estado multiplicam-se: ano passado cresceu 9,5%, chegando R$ 4,2 tri. São os estranhos efeitos da “austeridade burra”

Ela é o principal elo entre evangélicos ultraconservadores e o Planalto. Com capilaridade entre menos escolarizados e mulheres pobres e negras, é ministra mais popular depois de Moro e linha de frente da agenda moral dos bolsonaristas

Congresso retomará atividades com a “reforma” administrativa. A pretexto de “sanear finanças”, reduzem-se salários de servidores e extinguem-se políticas públicas. Mas obsessão é seletiva – em um ano, já foram R$ 178 bi em juros da dívida pública

Em Barão de Cocais (MG), relatos de permanente agonia: a qualquer momento toneladas de rejeitos podem atingir cidade. Os bancos se foram; hospitais estão superlotados com casos de pânico e depressão. Reverter perigo tardará três anos