O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão comenta o pronunciamento de Jair Bolsonaro: um desastre do ponto de vista político, epidemiológico e de saúde pública. Brasil, que já foi referência em outras epidemias, está agora na contra-mão

Sociólogo português analisa: ultradireita fracassa no combate ao vírus, em toda parte. Países não tragados pela lógica liberal obtêm os melhores resultados. Bolsonaro aproveita-se para intensificar ultracapitalismo. Destituí-lo é a primeira luta

Fundamentais – e muitas vezes invisíveis entre os profissionais que combatem a pandemia –, atuam diretamente nos domicílios, atendendo população sem acesso aos serviços de saúde. Além do cuidado, também contribuem para frear desinformação

Em SP, decreto proíbe visitas aos detentos, como controle para crise sanitária, e gera fome e tensão. Familiares são impedidos de levarem os “jumbos”: alimentos, itens de higiene e medicamentos, geralmente não supridos pelo Estado

Ao explodir no país uma das maiores crises do século, aliados e setores como o agronegócio manifestam repúdio aos atos de irresponsabilidade do presidente. Parlamentares e governadores já começam agir sobre o vácuo no poder

“PL da devastação”: 315 comunidades que esperam demarcação podem ser abertas à mineração. Catástrofe epidemiológica: após contato, indígenas antes isolados poderão ser contaminados pelo coronavírus

Revogação não basta! MP que corta salários por quatro meses é apenas a mais recente facada pelas costas, na sociedade. Governo negligencia Saúde e aproveita-se de pandemia para privatizar água e tentar adiar eleições. É hora de soluções imediatas

São, em 85%, mulheres. Estão expostas como ninguém à covid-19. Enfrentam jornadas exaustivas, falta de protocolo nas unidades de saúde e de equipamentos de proteção. Uma das profissões mais cruciais na crise está desprotegida

Na contramão de outros países, ministro propõe mais “austeridade” para enfrentar pandemia. Privilegia empresários e oferece migalhas aos 30 milhões de informais. Revogar a EC 95, que congela gastos públicos por 20 anos, é crucial

Pará: há casos suspeitos em regiões remotas na Amazônia. 11 vilas abrigam 19 mil quilombolas, muitos deles funcionários de mineradora que não dispõe de atendimento de saúde. Para hospital mais próximo, a viagem é de até 12 horas rio abaixo