Quatro textos para celebrar Antonio Candido
Publicado 12/05/2017 às 10:28
Aos 98, o grande crítico, ensaísta e pensador político sensível se foi. Em três artigos e uma entrevista publicados por “Outras Palavras”, pistas para compreender a relevância crucial de sua figura e suas ideias
O caráter da repressão, segundo Antonio Candido
Há quase cinquenta anos, grande crítico apoiava-se em Kafka, Dostoievski e no cinema para dizer: instituição policial “já não tem necessidade de motivos, mas apenas de estímulos”…
Por Antônio Cândido
[Publicado em “Opinião”, em janeiro de 1972, e republicado em Outras Palavras, em 8/9/2016
Provocações de um socialista antropofágico
Aos 93, Antonio Candido reafirma sua concepção de crítica literária e utopia política. Para ele, crítica ao capitalismo está viva, é plural e humanizou o mundo.
Entrevista a Joana Tavares, no Brasil de Fato | Outras Mídias
[Publicado em 10/5/2013]
Oswald de Andrade visto por Antonio Candido
Antropofagia era “estratégia para construir não apenas a sua visão, mas um outro mundo — o das utopias que [ele] sonhou com base no matriarcado”
Por Antonio Candido, em texto recolhido e comentado por Theotônio de Paiva
[Publicado em 12/4/2014]
Rolezinho: diálogo com as ideias de Antonio Candido
Direito à fantasia, equilíbrio social e desigualdade. Como alguns dos temas estudados pelo mestre ajudariam a compreender novo fenômeno das periferias
Por Max Gimenes
[Publicado em 8/2/2014]
Outro sonhador iludido que pensa que mudou algo acorrendo ao funcionalismo político e estatal.
E os outros prosseguem, como já prosseguiram desde o fim do Império!
Fingimento de luta.
Gente de bem! Caso não entrem na política, da qual se diz que se tem nojo, permanecerão os de sempre, considerados impuros. E então pensamos que solucionamos algo ao recorrer e se socorrer com os que se dispuseram à posição estatal. Fingimento de que lutamos por solução, sem “por a mão na massa”? Nunca!
Enquanto os de bem se mantiverem na comodidade da reclamação e “briga” ao invés de arregaçarem as mangas e trabalharem no setor dos reclamados, nada ocorrerá.
Não adianta tirar do diabo sua diabrura mediante xingamentos e reclamações apenas. Por um acaso o Satanás se santifica quando chamado atenção por diabolismo?!
Vexame, somente reclamar, tem de lutar na arena certa.
Antonio Candido era (é, será) uma joia raríssima neste país onde tanta gente envelhece tristemente em idade muito inferior à que ele alcançou. Vai deixar saudade, aliviada porém com a leitura dos seus belos textos.