Publica: por que sustentar o jornalismo independente

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Às vésperas de lançar seu programa de financiamento colaborativo, Outras Palavras sugere: vale a pena apoiar agência inovadora e profunda 

Como manter projetos jornalísticos que buscam a profundidade, oferecem gratuitamente sua produção aos leitores e quase não recebem verba publicitária tradicional? De que forma sustentar – e ampliar – as equipes e seu trabalho? Uma alternativa examinada cada vez mais atentamente por publicações independentes no Brasil e no mundo é o financiamento colaborativo (às vezes designado crowdfunding, o termo correspondente em inglês). Significa convidar os leitores a se associarem ao projeto – contribuindo inclusive financeiramente para sua existẽncia, por meio de quantias módicas.

Outras Palavras lançará, muito em breve, um projeto assim: Outros Quinhentos. Enquanto isso, apoia e convida seus leitores a se envolver numa iniciativa de enorme importância: a arrecadação colaborativa aberta pela Agência Pública, através do site Catarse. Existente há menos de três anos, a Pública começou a construir, no Brasil, uma nova forma de viabilização da reportagem – um gênero essencial do jornalismo. Oferece bolsas a repórteres interessados em investigar temas relevantes. Livra-os dos vínculos castradores impostos pelo oligopólio das comunicações. Tem permitido produzir trabalhos que jamais apareceriam nos jornais tradicionais.

Uma matéria produzida pela equipe da Pública explica em detalhes o projeto. Mas você pode participar desde já, contribuindo com valores a partir de R$ 20. Basta clicar aqui.

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3 comentários para "Publica: por que sustentar o jornalismo independente"

  1. Mario Vieira disse:

    A ideia do financiamento colaborativo não é novidade, mas não deixa de ser válida por causa disso.
    Eu leio sempre Outras Palavras. Às vezes gosto às vezes não gosto, o que é perfeitamente normal. Na minha ansiedade, porém, sinto ainda que ainda estamos incipientes nas nossas propostas (digo nossas porque incluo as propostas de Outras Palavras). Estamos ainda num passo de Sísifo e não estamos avançando. Damos um passo a frente e quatro atrás. Concordo plenamente com as críticas à chamada “direita” (os corruptos de sempre), mas não acho que a chama “esquerda” é muito diferente. Progressos paliativos, sem substância, feitos pelo o grupo chamado de PT (fui fundador arrependido), servem somente para adiar o enfrentamento do problema que é fazer uma verdadeira revolução no país. A nossa república ainda não está estabelecida, a esfera de atuação dos três poderes ainda não está definida, os políticos ainda debocham do povo e das leis, consequentemente todo o debate resume-se simplesmente em guerra de poder, não um debate ideológico. Ainda não existe um povo politizado em virtude da deficiência histórica do nosso sistema educacional. Ainda não ouvi, dentre as pessoas chamadas “públicas”, um chamado à reformulação total do nosso sistema. Emendas e substitutos legais não chegam a lugar algum. Precisamos de uma Revolução Francesa (sem o Terror, naturalmente). Precisamos passar tudo a limpo e começar de novo. O sistema social está roto, não há remendo. Precisamos de uma roupa nova.

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