O zapatismo e sua pedagogia descolonizadora
Lançamento da Autonomia Literária retrata o cotidiano de intensa troca intelectual das comunidades zapatistas. Na obra, aprendemos com “os mundos” vivenciados nos espaços educativos indígenas. Sorteamos um exemplar
Publicado 19/04/2024 às 18:57
O ano de 2024 completa os trinta anos do histórico Levante Zapatista ou Revolta de Chiapas, que iniciou-se em primeiro de janeiro de 1994 e durou doze dias. Dias esses que foram marcados pela intensa política dos “de baixo” reivindicando justiça e defesa dos povos indígenas e pobres do México.
Em celebração a essa data, a Autonomia Literária acaba de lançar o livro Um mundo onde caibam muitos mundos: educação descolonizadora e revolução zapatista, da professora e antropóloga Ana Paula Morel.
Outras Palavras e Autonomia Literária sortearão um exemplar de Um mundo onde caibam muitos mundos: educação descolonizadora e revolução zapatista, de Ana Paula Morel, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 29/4, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!
Essa efervescência que tomou as ruas do estado mexicano e pertubou as estruturas de poder à época é reflexo de uma experiência política única, inovadora.
O livro de Morel descreve com a precisão de quem esteve em campo, o cotidiano das comunidades autônomas zapatistas e suas trocas de conhecimento.
A autora, que morou em Chiapas por certo período de tempo, ensinou e aprendeu nos espaços educativos indígenas. Lá, teve contato com a “imaginação conceitual” dos educadores tzotzil – povo maia das Terras Altas de Chiapas.
O lema que dá nome à obra “um mundo onde caibam muitos mundos” está presente na rotina das comunidades e “não só exprime a solidariedade entre os múltiplos mundos que se veem diante do colapso ecológico global, como propõe uma transformação radical dos pressupostos metafísicos que habilitaram o Antropoceno.”
Ao longo do texto, podemos ter uma ideia de como as teorias educativas zapatistas são vivenciadas, realizando “uma poderosa crítica do capitalismo enquanto ‘des-lugarização’, a separação das pessoas de seus lugares, a abstração violenta dos vínculos constitutivos de todos os povos indígenas, a começar pela relação destes com a terra — e, portanto, com a Terra.”
Em parceria com a Autonomia Literária, Outras Palavras irá sortear um exemplar de Um mundo onde caibam muitos mundos: educação descolonizadora e revolução zapatista, de Ana Paula Morel, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 29/4, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!
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