Direito ao aborto: para discuti-lo em profundidade

Livro de Katha Pollitt é crucial ao Brasil de hoje: a partir de aspectos legais, científicos, filosóficos e religiosos, ela desmonta conservadorismos, em favor da luta contra o patriarcado. Saiba como concorrer a exemplar e ter desconto de 25%

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No último mês de junho, o tema do aborto voltou à centralidade do debate nos veículos de comunicação e nas redes sociais – como normalmente acontece, após um caso extremamente violento (dos milhares que acontecem diariamente) tornar-se público. 

O caso da juíza Joana Ribeiro Zimmer, que utilizou seu cargo de magistrada para impedir o acesso ao aborto legal para uma menina de 11 anos vítima de estupro, trouxe à tona uma realidade preocupante e extremamente comum: mesmo nos casos previstos pela lei, o aborto é negado a meninas e mulheres no Brasil. A falta de informação ou informação incorreta dirigida à sociedade pelo governo e a  preparação inadequada de profissionais de saúde impedem um atendimento correto, seguro e legal. 

Outras Palavras e Autonomia Literária sortearão um kit contendo 1 exemplar de Pró: reivindicando os direitos ao aborto, de Katha Pollitt, e 1 exemplar de Slam LGBTQIA+, organizado por Emerson Alcalde, além de oferecer 25% de desconto em compras no site da editora. O formulário para concorrer será enviado por e-mail. As inscrições ficarão abertas até terça-feira, 12/07, às 15h.

Hoje, sabe-se que o aborto legal, além de reconhecer o direito de mulheres ao próprio corpo, é também um avanço imprescíndivel para a saúde pública. Dados mostram que mulheres negras, indígenas e periféricas são as maiores vítimas do procedimento não regularizado no país. Estudos avaliados e publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) comprovam a eficácia do aborto medicamentoso, por exemplo, de baixo custo para o sistema de saúde e de alta segurança para as mulheres, que poderia ser realizado por atendimento ambulatorial. 

Em mais um retrocesso para a saúde nas Américas, os Estados Unidos anularam a decisão judicial nacional que garantia o acesso ao aborto em todo seu território. Além disso, no dia 24 de junho o jornal norte-americano Washington Post noticiou que Clarence Thomas, ministro conservador da Suprema Corte estadunidense, sugeriu que decisões referentes à legalização dos contraceptivos e do casamento igualitário também poderiam ser revertidas.


Para debater o tema dos direitos sexuais e reprodutivos com responsabilidade, Outros Quinhentos oferece aos seus leitores um kit contendo Pró: reivindicando os direito ao aborto, da ativista e ensaísta norte-americana Katha Pollitt, e Slam LGBTQIA+, organizado por Emerson Alcalde. O livro de Pollitt explora a situação do acesso ao aborto nos Estados Unidos pelas quatro décadas em que o procedimento esteve disponível e faz uma ponte com a realidade brasileira, onde o direito nunca foi reconhecido, discutindo os argumentos contrários e favoráveis ao aborto em seus aspectos legais, científicos, filosóficos e religiosos. Em tempos de avanço do conservadorismo, sua obra é uma relevante ferramenta na defesa do direito de decidir. 

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