China e Japão: mais um passo contra a hegemonia dólar
Publicado 30/05/2012 às 13:17
Dois países decidem comerciar usando suas próprios moedas, o que pode ser prenúncio de mudanças econômicas e geopolíticas de grande relevância
Por Daniela Frabasile
Autoridades de Beijing e Tóquio anunciaram, no início da semana, mais uma medida que pode enfraquecer o papel do dólar, como moeda dominante no comércio e nas finanças internacionais. A partir desta sexta-feira (1º/6), as trocas de mercadorias e serviços entre os dois países serão feitas usando suas próprias moedas – o yuan chinês e o yen japonês – ao invés do dinheiro norte-americano.
A medida simplifica as negociações entre os dois países, que ocupam o segundo e terceiro lugares, na lista das maiores economias do mundo. Permite a ambos economizarem cerca de 3 bilhões de dólares anuais, antes pagos em tributos ao banco central dos EUA (o FED). Ainda mais importante, contudo, é seu significado econômico e geopolítico.
Embora cada vez mais importante no cenário internacional, a China é obrigada a manter suas imensas reservas internacionais (cerca de US$ 3,5 trilhões) na moeda norte-americana. Com isso, financia o endividamento de seu maior rival e sujeita-se a enormes prejuízos, em caso de desvalorização do dólar. Do ponto de vista geopolítico, o comércio sem intermediação poderia ser um passo (embora muito pequeno) para algo que muitos estrategistas norte-americanos veem como pesadelo: uma aliança sino-japonesa, que alteraria totalmente o equilíbrio de forças na região economicamente mais dinâmica do mundo.
A decisão também confirma o movimento chinês de diminuir o controle governamental em relação ao yuan. Até agora, o país permitia comércio direto apenas entre a moeda nacional e o dólar norte-americano; mas há muito espera-se que procure fazer do yuan uma moeda mais internacional.
O banco chinês afirmou que autorizou o acordo no intuito de desenvolver o mercado internacional da China e promover cooperação entre os dois países. O yen vai se tornar a segunda moeda mais usada em transações diretas com o yuan, atrás apenas do dólar americano.
Observa-se um lento , mas persistente processocontra o predominio do "dolar" como moeda internacional. Agora, são dois entre os cinco maiores do mundo economicamente, China e Japão que não mais usarão a moda do EUA. O poderio do EUA diminue a cada dia, para a felicidade de todos.
GRANDE PORRA!
O mesmo poderia ser feito na América Latina, mas… vontade política falta!
QUE OS OUTROS PAÍSES COMECE LOGO A PENSAR NISSO!!!
é quase o fim do dominío dos EUA.
Muito bom!!!! Quem diria que o "paraíso do capitalismo" iria depender de crédito chinês para sobreviver….
Boa…
E o gigante está se movendo. Mais um passo para a queda americana…
Boooa Japao!! Uma coisa tão simples, que poderia ter sido feita há muito tempo…