PÍLULAS | A baixa histórica da vacinação infantil mundial

Déficit de vacinas é problema em todo o mundo | Depressão em mulheres: causas fisiológicas ou sociais? | Como a agricultura produz saúde ou adoecimento | Avança consumo de drogas “focalizadoras” entre jovens |Por que o câncer uterino avança | Conferẽncia na África debate financiamento à pesquisa

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Unicef: pandemia derrubou vacinação infantil em todo o mundo

O Fundo das Nações Unidas para as Crianças (Unicef) divulgou um levantamento sobre o baixo índice mundial da vacinação infantil. Cerca de 25 milhões de crianças perderam, em 2021, as vacinas de rotina contra doenças potencialmente fatais. O número representa 2 milhões de crianças não imunizadas a mais do que 2020 e 6 milhões a mais que na pré-pandemia, em 2019. O órgão internacional. Segundo o órgão internacional, os dados mostram o maior retrocesso da vacinação infantil em uma geração inteira, com taxas de cobertura a níveis dos anos 2000. 

Seriam as mulheres mais afetadas pela depressão?

As hipóteses sobre as causas da depressão são, como se sabe, múltiplas e contraditórias. Os que atribuem as origens do distúrbio a fatores físicos acabam de lançar uma nova interpretação. Um estudo da Universidade da Califórnia, EUA, publicado na revista científica Biological Psychiatry, analisou os impactos da depressão na região cerebral Núcleo accumbens (NAc), ligada à motivação, ao centro de recompensa e às interações sociais. As conclusões sugerem que as mulheres são mais suscetíveis ao mal.

Segundo estudo, causa estaria na estrutura cerebral e relações sociais 

Os cientistas utilizaram camundongos fêmeas – que possuem estrutura cerebral semelhante à humana – e colocaram os animais em situações consideradas de interação social negativa, que induziram comportamentos relacionados à depressão de forma mais forte nos indivíduos do sexo feminino. Esse processo, então, desencadeou as mudanças nos genes do NAc. “Em nosso modelo de roedores, interações sociais negativas mudaram os padrões de expressão gênica em camundongos fêmeas que espelhavam os padrões observados em mulheres com depressão. Isso é emocionante porque as mulheres são pouco estudadas neste campo, e essa descoberta permite focar a atenção na relevância desses dados para a saúde da mulher”, disse Alexia Williams, líder do estudo.

O papel da agricultura urbana na promoção de saúde…

Mesmo em se tratando de uma atividade milenar, a assim chamada agricultura urbana e periurbana (aquelas que ocupam terras ao redor das cidades) passou a ter destaque como um instrumento de integração nos processos de desenvolvimento sustentável somente na segunda metade da década de 1990. Alinhada aos princípios do direito humano à alimentação e da soberania alimentar, a implantação de uma Política Nacional de Agricultura Urbana constituiu, no Brasil, uma das metas do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para o período 2012- 2015. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou o Projeto de Lei 303/19, que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana e altera o regime geral dos bens da União (Lei 9.636/98) para permitir o uso de terrenos da União para a prática de agricultura urbana.

… e como uma pesquisa aponta suas potencialidades no Brasil
Em tese acadêmica “Agricultura urbana e periurbana na ótica da promoção da saúde” defendida na USP (2015), a pesquisadora Christiane Costa afirma que os resultados de suas pesquisas apontam uma estreita ligação entre a prática das hortas e as diretrizes da Promoção da Saúde. Entre outros motivos, pela criação de ambientes saudáveis, o reforço da ação comunitária

Cresce consumo de remédios para concentração entre jovens 

Vem crescendo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o consumo do Venvanse, remédio tarja preta usado para tratar pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e pacientes diagnosticados com o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). Porém, um levantamento mostra que o aumento de seu uso está ocorrendo em jovens que não são portadores de nenhuma dessas condições. Eles fazem uso da substância com o objetivo de aumentar o foco em tarefas cotidianas. Mesmo sendo um remédio caro e sem genérico (as doses mensais custam entre R$ 450 e R$ 600), ele já está esgotado em muitas farmácias. O Venvance atua no sistema nervoso, por meio de um pico de produção de noradrenalina e cortisol, aumento da frequência cardíaca, crescimento da circulação do sangue para os músculos e contração das pupilas.

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