Há vasta polêmica sobre a relação entre as novas tecnologias e a geração de valor. Mas algo é certo e mais decisivo: país precisa livrar-se do colonialismo de dados, sem ceder a acenos privatistas
A transformação de fluxos da natureza, como recursos eólicos, em ativo financeiro é clara tendência capitalista. Chamam-na “assetização”. Mas é preciso cuidado: certas análises omitem a exploração do trabalho, como se as riquezas nascessem no ar…
Resgates como o das vinícolas multiplicam-se e chocam a sociedade. Mas expressam tendências do pós-golpe: desmonte dos direitos; jornadas intermináveis e precarização da vida – tudo em nome de lucros selvagens das empresas
Fatalmente, ele pode automatizar serviços intelectuais-braçais, mas não substitui raciocínios cerebrais – assim como a roda não eliminou as pernas. Sob gestão democrática e transparente, é ferramenta poderosa. E precisamos saber usá-la
É uma ferramenta impressionante, com potencial para revolucionar muitos setores. Também representa enormes riscos. É importante que as aplicações da IA, além de éticas e responsáveis, sejam utilizadas para a justiça social
A automação é um mito, diz Luke Munn em livro perturbador. Para ele, capitalismo não deseja o fim do trabalho, mas submissão total dos assalariados às plataformas e à inteligência artificial. Nesta lógica, precarização não é mero acidente
Plataformas crowdwork robotizam o trabalho humano através de microtarefas — e instituem “leilões de frilas”. Quase sempre são para “treinar” a inteligência artificial. É o sonho capitalista de cortar custos dos tempos improdutivos
Neste ano, o país bateu recorde histórico: 53 milhões estão desocupados, subutilizados ou desalentados. Mas cínicos, governo e empresariado usam o vírus para esconder tragédia da “reforma” trabalhista – e a centralidade da vida à Economia