Desde os anos 1980, o arcabouço fiscal é capturado por lógicas neoliberais. Não contribui ao desenvolvimento tampouco inclui de forma efetiva os novos negócios da era digital. Resultado: impostos regressivos e extorsivos ao “andar de baixo”
A tristeza social vem também do colapso da sociedade industrial. Esfera política deixou massas desamparadas – e a ultradireita avançou, sob um sistema jagunço urbano. E ansiedade, depressão e mortes por desespero explodiram no país
Ele teve papel central no pós-guerra, mas neoliberais o destruíram. Emergiu o presentismo, sem diálogo com os desafios do futuro. Retomá-lo exige refletir qual país desejamos construir após três décadas de ruína da sociedade industrial
Com globalização e ruína da sociedade industrial, um novo sujeito social emergiu no país. Precarizado, ele vive o vale-tudo da disputa individual. É refém do extrativismo — financeiros, de recursos naturais e dados digitais. Entendê-lo será essencial
Sob a lógica do agronegócio, campo tem regressão produtiva: devasta, não emprega e depende de insumos importados. Mas com novas políticas, ela pode ser mercado garantido para produção de máquinas, fertilizantes e tecnologias agrícola
Por trás da onda ultraconservadora, encampada pela classe média brasileira, a ruína da sociedade industrial e falta de futuro. Empobrecida, ela vê a asfixia da mobilidade social e queda no padrão de consumo – e sai às ruas, mas em nome do atraso
Milênios de cultura nutriram uma relação de sintonia entre ser humano e natureza. É do que mais necessitamos, em meio à crise civilizatória. É o que mais desprezamos