Em novo livro, um itinerário de memórias da pensadora, falecida ano passado. Que é um lar?, questiona ela. Na reconexão com terra e valores ancestrais, aliada à luta social, pistas para curar feridas, criar consciência e forjar cultura de pertencimento
Emergem discursos para os quais a quebra dos velhos padrões morais foi feita para os homens, pois as mulheres “têm sexualidade diferente”, e “querem afeto, não apenas sexo”. Proponho, ao contrário, que voltemos a falar de prazer e liberdade
Pensadora revolucionária russa articulou um feminismo singular, que sustentava a potência dos afetos, mas queria livrá-los dos vínculos de poder e propriedade. Imaginou as solidariedades amorosas não capitalistas — e as praticou em sua vida
Novo livro convida a viver a maternidade como experiência, não como instituição castradora das mulheres. Exige esforço psíquico para encarar a desigualdade de gênero, ilusões de perfeição e culpas. É árduo, mas vale a pena e muda o mundo