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A Constituinte foi conquistada nas ruas e urnas. Mas como escrever uma Carta que supere o neoliberalismo e estabeleça o Comum? Primeira batalha é superar velhos partidos e nomes famosos — e eleger os anônimos que lideraram a revolta
Vitória parcial sobre modelo de previdência privada mostrou o poder da insurreição de outubro. Desgastado, Piñera, arrasta-se, com base enfraquecida. Plebiscito pode abrir caminho para Constituinte e fim de 40 anos de neoliberalismo
Ela mandou pintar “Black Lives Matter” em letras garrafais, perto da Casa Branca. Foi aplaudida, mas também contestada pelos ativistas. Pedem, além de palavras, nova polícia – começando com cortes nos gigantescos orçamentos “de segurança” atuais
Como a luta antirracista sacudiu a arrogância e planos da ultradireita. As frestas na cúpula do poder. As multidões pacíficas e o ataque a símbolos do sistema. Negros e brancos juntos nas ruas. Trump, emblema de um capitalismo sociopata
Incapaz de coordenar qualquer combate nacional à pandemia, e sem titular efetivo há duas semanas, pasta agora dedica-se a maquiar os números da covid-19. E mais: Wizard, fundamentalista bilionário, deixa o governo antes de assumi-lo
Agora, são as periferias que se insurgem — contra a miséria da “ajuda emergencial”, a fome, os bancos e o governo Piñera. Como Bolsonaro, ele trama autoritarismo e resgate dos mais ricos. População enfrenta polícia. Cuidado, capitão!
Foi-se o tempo de autocrítica das esquerdas. Hora é de ação e Frente Ampla contra Bolsonaro. Com o poder das ruas diminuído, é preciso reinventar lógica de combate — com criatividade e coragem, como sugeriam Raul Seixas e Hemingway
Pessoas de todas as idades voltam a se insurgir. Buscam zonas libertadas de capitalismo, colonialismo e patriarcado. Sondam economias comunitárias, indígenas, feministas, cooperativas. E os poderes: irão finalmente envelhecer?
Greve geral alastra-se, transborda sindicatos e coloca em xeque o governo Macron. Ao defender aposentadorias, manifestantes rechaçam lógica da mercantilização. Adesão vasta e radicalidade sugerem: pode vir aí novo desafio à ditadura financeira
Do Chile e Haiti à França; do Líbano ao Sudão e Hong Kong: multidões inquietam-se. Não se movem pela disputa clássica entre esquerda e direita. Mas pronunciam, em comum, um já basta – dirigido à desigualdade e à vida-mercadoria
O bolsonarismo penetra em terreno minado. Saberes ancestrais e um novo olhar à indústria farmacêutica. Os 60 bebês do Amazonas: retrato de um futuro asfixiado. O legado anticolonialista de Patrice Lumumba.
Há 60 anos, líder da libertação congolesa e defensor do pan-africanismo foi assassinado em conchavo entre EUA e Bélgica. Seu crime: lutar pela nacionalização dos recursos minerais de seu país. Como os movimentos atuais ressoam sua luta
Frágeis e desamparados, eles são os filhos da pandemia. Falta oxigênio — e o ar político no país é irrespirável. Não poderão ser esquecidos, pois representam uma aposta na vida em meio ao caos político — e na reconstrução da democracia