Sete décadas após sua morte, fatos econômicos e sociais de seu governo – a industrialização, a Petrobrás, o BNDES, a organização do serviço público, entre outros – ainda marcam o país. O suicídio criou uma mística, mas a obra é ainda maior
Não é possível enxergar os impasses do governo Lula sem olhar para a sabotagem do financismo global – que se utiliza da velha mídia para fabricar consensos. Investimento público em uma nova indústria nacional pode ser caminho de resgate da autonomia
Brasil não avançará numa tecnologia crucial sem dispor de centros de processamento, programas básicos compartilháveis e políticas públicas específicas. Estatais e BRICS podem colaborar – mas é preciso decidir e agir rápido
Estatal valorizou-se 100% durante o governo Lula, mas especuladores insistem em chantagens. Pressão afeta não apenas o acionista majoritário, o Estado, mas a reconstrução nacional. É preciso firmeza com aqueles ávidos por lucros obscenos no curto prazo
Nas últimas décadas, a estatal mostrou resiliência à onda privatista no governo FHC, desmonte da Lava Jato… Tensão entre Lula e acionistas expõe a nova batalha: combater os tentáculos da Faria Lima na empresa, decisiva para a reconstrução nacional
Investimento nas refinarias. Resgate da BR Distribuidora. Extração no território do Pré-Sal. Transição energética, com o potencial solar e eólico do Brasil. Tudo o que a estatal precisa fazer antes de perfurar área ambientalmente sensível
Petrobrás pressiona pela exploração de óleo na região, após investimentos imensos na empreitada. Isso não pode ser álibi para decisões afobadas, sem detalhados estudos de impacto socioambiental. Fica a questão: e a necessária transição energética?
Senador é especulado para a presidência da estatal. Mas sua visão destoa de qualquer projeto de reconstrução: age como lobista de estrangeiras, defende leilões dos campos brasileiros e ignora o desastre que é o PPI nos preços dos combustíveis
Estatal é o coração do desenvolvimento brasileiro. Resgatá-la do desmonte será tarefa árdua — e urgente. Oito pontos são essenciais. Entre eles, reverter privatizações, controlar produção do poço ao posto, fim do PPI e apostar em energias verdes
Guerra aprofunda a deflação e coloca o mundo à beira de crise energética e alimentar prolongada. Brasil pode usar suas imensas riquezas para se projetar neste contexto. Mas passo exige reverter ataques à Petrobrás e reestatizar Eletrobrás