Lembrança de Ghassan Kanafani, autor palestino assassinado em 1972 pelo Mossad. Seus contos mergulham nas razões íntimas e desejos dos jovens palestinos que desafiam a ocupação israelense. E remetem a Ruben Braga, que narrou os feitos dos “scugnizzi” rebeldes de Napoli, contra os nazistas
Em Gaza, Israel usa pela primeira vez programas que vasculham redes sociais para identificar opositores; e em seguida localizá-los em suas casas e liquidá-los. Quais são; como funcionam; por que é preciso regular a inteligência artificial
Viagem à segunda frente do massacre palestino. Aqui, 2,7 milhões de pessoas estão cercadas e são humilhadas todos os dias pelo exército de Israel e milícias. Tel-Aviv quer suas terras, sua água, sua dignidade. Numa aposta contra tudo, elas resistem
Divisão interna. Crise econômica. Isolamento internacional. Declínio militar. Estão se desfazendo as condições que tornaram possível um Estado judeu e colonialista na Palestina. Há saída positiva? Depende acima de tudo dos hoje colonizados
Num mundo inundado de notícias, mas carente de informação profunda, nossa Retrospectiva propõe quinze temas para compreender 2023. Foi um ano em que a brutalidade afiou as garras – mas a indignação segue viva e combatente
Aida Touma, deputada censurada e suspensa do Knesset por criticar massacre de Gaza, denuncia: leis cada vez mais duras eliminam liberdades; ultradireita estimula ataques armados a palestinos. Solução de dois Estados continua a ser alternativa possível
Relator especial da ONU aponta: vincular questões humanitárias à autodefesa, como fazem os EUA, é endossar um massacre na Palestina. O Conselho de Segurança já não cumpre seu papel. É preciso reformá-lo para garantir mais representatividade
Israel não mata só com mísseis: bloqueio à entrada de recursos em Gaza inviabiliza trabalho de hospitais palestinos. Médicos relatam superlotação de 600%, mortes evitáveis em massa e até cirurgias sem sedativos – indícios de um crime de guerra
Não há nada de complexo no conflito. Direito internacional garante territórios palestinos, mas a ONU está esvaziada pelos que apoiam Tel Aviv. É cada vez mais evidente que Netanyahu usa a guerra e o medo uma forma de governar sob crises permanentes
Longa pesquisa revela: livros didáticos apagam história dos palestinos. Quando retratados, são estigmatizados: nas apostilas, beduínos selvagens. Obras cultuam militares e falam em perseguição – para forjar soldados vingativos