Para ele, uma esquerda autossuficiente não enxergou as mutações do capital, nem buscou respostas. Daí a “derrota colossal” pós-1970. Mas o sistema segue em crise, o poder “é sempre dividido” e o amor “mantém a espécie humana em pé”
Manifestações gigantescas foram muito além do #elenão e sugerem que há, nas ruas, enorme potência repolitizadora – não captada pelos partidos. Como articulá-la?
Em Berlim, Toni Negri, Michael Hart e novos movimentos debatem: por que “primaveras” de 2011-2013 fracassaram? Pode-se combinar horizontalismo com construção de programas e estratégias?
Para Toni Negri, já surgem os movimentos que reverterão a onda conservadora. Mas é preciso sacudir os programas do século 20 — e abraçar a Renda Universal
“Pela coragem do encontro com o outro qualquer que seja / esse outro contanto que potencialize a vida a vida a vida / a vida a vida”
Em entrevista surpreendente, filósofo da “Multidão” reafirma aposta nos sujeitos pós-industriais. Mas dispara: chega de cultivar mito horizontalista e de renegar a política!
Michael Hardt, parceiro de Toni Negri em obras que renovaram marxismo, sustenta: novo sujeito político, capaz de superar capitalismo, ainda precisa ser criado
“O homem das multidões” atualiza Poe, situando-o num Brasil onde cidades já não despertam desejo. “A hora da eternidade” atualiza […]
Está claro: militares, mídia e elite empresarial deram golpe aproveitando-se da ingenuidade de movimentos que julgavam fazer nova revolução