Ele é alta literatura em assovio – e usou um “conservadorismo formal” para forjar horizontes anticonservadores. Elaborou uma teoria social brasileira em canções-ensaio, onde a luta de classes abraça o lirismo. Sua sorte, Bob Dylan, é que ele fala português
Em seu recém-lançado Grafias de vida – a morte, o crítico reflete sobre uma questão central em sua trajetória: como se inscreve, na literatura, música e arte, o corpo do autor? O livro é um convite a pensar a cultura a partir das vozes e seus lugares
Poucos mergulharam tão fundo – com tanto amor e indignação – nas contradições de uma cidade que há séculos desfila na corda-bamba entre a ordem e a desordem. Na semana em que faria 77 anos, rememoramos seus delírios cariocas
Em A Primeira morte de Joana, de Cristiana Oliveira, garota explora suas relações familiares e sexualidade em meio aos horizontes vastos e à moralidade estreita do extremo Sul. Jair Rodrigues, de R. Rewald, aponta peculiar negritude do músico
Compositora morreu no sábado (4/3). Regravadas por artistas como Elis e Bethânia, suas poesias de delicadeza cortante sugerem uma paz sem trégua ou calmaria. E trouxe novas iluminuras à MPB, ao musicar Cecília Meireles e Fernando Pessoa
Emergência do rap representa uma transformação na música popular brasileira, provoca pesquisador. Mas vai além: diante da crise política e social, é também a busca de uma nova identidade para enfrentar a onda reacionária que varre o país
Da enunciação do Brasil e vanguardismos à poesia moderna e (auto)erótica, a equação estética que o baiano tenta resolver a cada canção calca no tempo uma pulsação – de um eu que se celebra enquanto soluciona as dimensões de seu mundo