Chacina no RJ foi evidente afronta ao STF, que proibiu ações em favelas na pandemia. Setores buscam uma “autonomia policial” para reprimir e massacrar – e puni-los é crucial para evitar erosão ainda maior da democracia
Estados gastam bilhões em políticas antidrogas ineficazes. Sob o discurso moralista, formam policiais focados na repressão ao microvarejo e jovens negros. Sequer arranham a infraestrutura bilionária e internacional do tráfico
Criminalização gera mais violência e vai na contramão dos estudos científicos. Também intensifica o estigma: ao olhar dependentes sob valores morais, lei priva-os de cuidado, políticas de redução de danos e do direito à Saúde
Benefício é gerido pelo ministério da Cidadania — onde Osmar Terra será substituído por Onyx Lorenzoni. Crise prolonga-se: mais de um milhão de pessoas já esperam na fila. Leia também: dólar alto afeta indústria farmacêutica
População carcerária feminina explodiu 455% entre 2000 e 2016 com a “guerras às drogas”. Mas fenômeno vem de longe: da privação social domiciliar ou em conventos, às prisões que puniam prostitutas e “ninfômanas”