As sacrossantas leis do mercado nos empurraram ao abismo civilizatório. Saída requer quebrar as patentes (e vacinar, ao menos, 80% da população mundial) e robustas políticas de redistribuição de renda aos 1,2 bilhão que hoje não comerão
Se a grande seca, há dois séculos, matou 500 mil brasileiros, hoje o país enfrenta a grande fome: 19 milhões de famintos e 100 em insegurança alimentar. Proteína virou artigo de luxo – enquanto engolimos a ficção de sermos o “celeiro do mundo”
Cresce a busca por um cardápio que não seja o principal fator de mortes no mundo. Que não desmate, polua rios e o mar e desarranje o clima. Não condene 2 bilhões à obesidade e 800 milhões à fome. Acredite: muitos querem sair desse beco
Proposta de Bolsonaro para repaginar o Bolsa Família cria mais problemas que resolve. Pulveriza recursos e complica a gestão do benefício – logo, gera custos desnecessários. Ampliar gastos sociais, como feito com o Auxílio Emergencial, é resposta
Uma em cada 3 crianças tem anemia. Consumo de carne é o menor em 26 anos. Auxílio emergencial não compra uma cesta básica. Com o dobro de gente com fome, em relação a 2018 brasileiros comem miojo, pés de galinha e cozinham com álcool