Reconstruir o Brasil exigirá ampliar gastos sociais. Três mecanismos que os limitam – e condenam país à letargia – devem ser questionados: regra de ouro, lei de responsabilidade e teto de gastos. Um novo governo precisa ter coragem para tanto

Livro disseca atual estágio do capitalismo: os que controlam a economia se entopem de lucros sem nada produzir. Como sua especulação voraz leva a sociedade à beira da autodestruição. Quais os quatro caminhos para enfrentá-los

Lucrativa e com grande potencial de crescimento, a fundação pública que complementa a pensão de servidores é o novo alvo de Bolsonaro e Guedes. Medida Provisória visa submetê-la às leis selvagens da especulação, sem qualquer debate

Novo aumento da taxa Selic, que chega a 11,75%, agravará retrocesso econômico e não conterá os preços. Num novo governo, será preciso que Estado tome as rédeas da setores estratégicos como alimentos, energia elétrica e combustíveis

Copom pode elevar a taxa de juros para 9,25%, capitulando às “previsões” da nata do financismo. Os impactos: desestímulo à produção, mais desemprego e forte aumento das despesas do governo. BC cria mais entraves à recuperação econômica

Pauta ronda o Congresso há décadas. Visa permitir que o mercado financeiro se aproprie, por bagatelas, dos créditos do Estado e lucre trilhões. A investida da vez é por meio de jabutis na PEC dos Precatórios. É preciso frear esta artimanha rentista

Para bancar o Auxílio Brasil, Guedes busca alterar a Constituição e dar calote em dívidas obrigatórias do Estado. “Solução contábil” visa mantê-lo fiel ao discurso de “austeridade” e evitar o debate central: a revogação urgente do Teto de Gastos

Tudo indica que o Banco Central aumentará a taxa Selic — de novo. Solução que insiste na ortodoxia econômica aumenta a desigualdade e esconde o problema real: o desmonte dos estoques de alimentos e a atual política de preços da Petrobrás

Contrariado, Paulo Guedes perde um quinhão em seu ministério, mas o rentismo dorme tranquilo: enquanto a fome assola o país, a agenda neoliberal seguirá incólume no Congresso, aprofundando contrarreformas e concentração de riquezas

Congresso aprova, em tempo recorde, EC 109, que congela salários de servidores por 15 anos — em troca auxílio emergencial pífio. Próxima da lista é a “reforma” Administrativa. Como articular um basta a este inferno ultraliberal?