Em ações simultâneas, e possivelmente coordenadas, Trump, Boris Johnson e Bolsonaro radicalizam posições, afastam antigos aliados e ampliam ataque à democracia. Há estratégia por trás deste movimento? Como revertê-lo?

Radiografia de um mito, o “milagre chileno”. Pinochet liquidou oposição e teve poder absoluto – mas crescimento foi medíocre, desemprego disparou e 45% caíram abaixo da linha de pobreza. Recuperação veio com a queda da ditadura

Wolfgang Streeck alertou: depois da crise de 2008, o capitalismo desiste de criar ilusões de justiça social. Surgem Trumps e Bolsonaros com a missão de implantar a “ditadura do mercado”. Recuperar a democracia exige novas estratégias das esquerdas

Líder do Partido Conservador, Boris Johnson será empossado primeiro-ministro do Reino Unido. Longe de propor soluções para país, segue manual da ultradireita: alimenta polêmicas e espalha mentiras, principalmente contra imigrantes

O drama do nosso tempo é dominação articulada e resistência fragmentada. Muitas vezes, os movimentos anticapitalistas, feministas e antirracistas têm combatido uma destas formas de opressão – e fechado os olhos às outras

Filósofo italiano adverte: “nova” ultradireita lembra apenas na aparência os regimes totalitários do passado. Seus partidários trocaram o entusiasmo por desesperança e ressentimento. Um apocalipse se aproxima – e ele pode ser bom…

Algo leva gente como Rodrigo Maia e João Dória a se rotular como de “centro”. Eles perceberam que, para sobreviver, precisam se afastar de Bolsonaro. E creem que lugares políticos nada mais são do que rótulos numa prateleira de mercado…

Multiplicam-se, em todo o mundo, as alianças entre donos do dinheiro e lúmpen-políticos. Por que o poder econômico abandonou a direita “civilizada”? Como a esquerda “esqueceu-se” da crítica radical ao sistema? É possível retomá-la?

Em todo o mundo, conservadores “sequestram” símbolos nacionais para rachar sociedade: de um lado, os nacionalistas; de outro, os inimigos da pátria. Tática deve ser combatida: o patriotismo não é monopólio dos “ufanistas retrógrados”

Para impor “verdades” repetidamente desmentidas, as elites globais suprimiram o debate público e instalaram, em seu lugar, um mercado frenético e vazio de opiniões. Daí às “fake news” foi um passo