OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Em 2022, 78% das famílias estavam endividadas. Maioria são mulheres, jovens e de baixa renda. Nome sujo afeta a saúde mental, e trabalhadores enfrentam ciclo de penúria e cobranças. Lula ainda precisa apresentar programa de renegociação de dívidas

Ex-relatora da ONU analisa o processo global de captura de territórios pelas finanças, impondo aluguéis impagáveis, despejos e endividamento. Crise habitacional alastra-se pelo mundo – e saída requer nova etapa de luta pelo direito à moradia

Norte e Nordeste são as regiões mais flageladas pela insegurança alimentar – só em Alagoas, ela atinge 36,7% da população. São Paulo tem a maior quantidade de famintos: 6,8 milhões. Endividamento agravou a tragédia

Mesmo temendo calote, bancos aproveitam-se dos mais pobres para oferecer-lhes empréstimos de agiotas. Juros de até 79% ao ano, com desconto direto. As vítimas: gente que precisa reformar um barraco, ou cuidar de uma gravidez de risco

Recuperação econômica trará consigo aumento da inflação, da pobreza e do endividamento. Riscos de novas crises são reais. Encará-las dependerá de formas mais cooperativas de enfrentar desafios sanitários, climáticos, sociais e geopolíticos

Sob a promessa de conter a inflação, alta da Selic promove um círculo vicioso de empobrecimento: endivida ainda mais famílias, reduz o consumo, quebra empresas e gera mais demissões. Quem ganha são só os banqueiros e especuladores

Livro da economista italiana mostra as engrenagens do rentismo. Desvinculado da economia real, deforma a noção de riqueza de países. Por emaranhados de instituições financeiras, acossa Estado e o setor produtivo — e endivida milhões de famílias…

Ela sustenta: ao invés de salvar corporações e bancos quebrados, Estados precisam preparar a superação do capitalismo financeirizado. Implica acabar com rentismo, orientar os investimentos e valorizar o Comum

Um avanço científico notável permite prever a doença vinte anos antes de ela se manifestar. Mas se não há cura, vale a pena? Do ponto de vista coletivo, talvez. E mais: por que não tem sentido falar, agora, numa “segunda onda” da covid-19

Agora, são as periferias que se insurgem — contra a miséria da “ajuda emergencial”, a fome, os bancos e o governo Piñera. Como Bolsonaro, ele trama autoritarismo e resgate dos mais ricos. População enfrenta polícia. Cuidado, capitão!