Cidades brasileiras viverão neste fim de semana manifestações contra as queimadas. Por que construir um movimento climático é vital para o futuro do país e do planeta. Como ele pode enfrentar o agronegócio e sua aliança com o governo

Amazônia, Pantanal, RS, interior paulista… Extremos climáticos apontam a um “decênio decisivo”, diz o pensador. O ponto de não retorno aproxima-se. E freá-lo requer outro paradigma de consumo e romper de vez com os sistemas predatórios no campo

Problemas respiratórios, ecoansiedade, infecções, zoonoses e muitas outras. Crise climática sacode a saúde coletiva, o que exigirá respostas robustas do governo. Mas medidas mitigatórias em debate adiantarão, sem outro paradigma de desenvolvimento?

Queimadas terão impacto intenso no SUS. O momento exige decisões rápidas, drásticas, eficientes e duradouras. Elas são necessárias, possíveis e estão ao alcance – mas, para colocá-las em prática, Lula precisa abandonar com urgência a conciliação

Por volta de 2030, o bisavô fora um pioneiro a abraçar o desconsumo e fundar a comunidade. Vieram os incêndios, as guerras e a nova fuga – para um bolsão, como vários no planeta. Mas Nara sabia: tinha chegado a hora de encontrá-los

Encontro de ministros da agricultura de 20 países para tratar de sustentabilidade expôs a contradição em MT, vitrine do agronegócio brasileiro. Sob intensa fumaça das queimadas, nem a hospedagem em resort ecológico pôde desviar a atenção do vexame

No bioma que ultrapassou a taxa de desmatamento da Amazônia, o fogo é usado como arma do agro. Comunidades são a trincheira contra a devastação, que avança com a falta de proteção. Entidades lutam para incluí-lo na lista de patrimônio nacional

Olhem para os céus! / Não são nuvens, / são fuligem. Quando a chuva vier, / Não será chuva, /
serão lágrimas. Lágrimas de um planeta / esfolado vivo. //

Mas ainda há tempo / (será que há?)

No RS, museus e bibliotecas submersos. No Pantanal, o desaparecimento da canoa de um pau só e da viola de cocho. Mirando a COP-30, Iphan mapeia como bens e localidades históricas sofrem com eventos extremos e propõe desenhar políticas de resgate

Moradores do bioma relatam a árdua tarefa de sobreviver diante dos incêndios. Organizam-se em brigadas comunitárias. Reivindicam assistência médica. E cobram ações emergenciais contra o aumento da escassez de alimentos, desemprego e migrações