Após longo período de desmontes, os preceitos da reforma psiquiátrica parecem estar voltando ao centro das políticas. Mas há muito trabalho para reverter os retrocessos. Conferência, que retorna após 13 anos, pode ser pontapé inicial
Recursos destinados para centros de atenção psicossocial e residências terapêuticas será de R$ 414 milhões em 2023. Decisão fortalece a lei antimanicomial, que estava sob ataques desde 2016. Anúncio foi feito na 17ª Conferência Nacional de Saúde
Dia da Luta Antimanicomial: Paulo Amarante reflete sobre contexto da reforma psiquiátrica. Para ele, é preciso questionar a patologização do mal-estar no neoliberalismo, que sequestra a “saúde mental” para individualizar questões políticas
Rosana Onocko, psicanalista e presidente da Abrasco, sustenta: primeiro passo é reverter o subfinanciamento e estímulo às “comunidades terapêuticas”. Mas crise só será resolvida com o fim do sufoco material e psíquico imposto à população
Um protagonista do movimento pela Reforma Psiquiátrica relembra seus primórdios e escreve: “Para retomá-la, não basta revogar os atos do pesadelo – é preciso construir um país que saiba defender-se dos fascistas. Isso se dará agindo com a sociedade e não para ela”