Projeto. Olaria. Pedreiro. O sonho da Ecomunidade ganha forma e vida. À caminho da cidade, desço uma ladeira de terra – íngreme e irregular. O país, desde 2018, parece que também. Mas ela sempre chega ao fim. Não duvidem, não duvido
O sonho de viver em comunidade sai do papel. Entre o mar de montes e as matas, tijolo por tijolo ecológico, minha sala-ateliê será redonda tal a abóbada celeste. Respiro ar puro. E neste domingo, poderemos expirar outro futuro
Sobem mais e mais prédios na metrópole: roubam o horizonte, encurtam o espaço, aceleram o tempo e apagam as estrelas. Mas, feito pião, a vida rodopia entre (e para além) destes mundos e fundos imobiliários. E, num mar de morros, outro viver começa a sair do papel…
O plano de ocupação da comunidade pós-capitalista está pronto: em breve, a edificaremos, a partir de saberes ecológicos. Sob árvore frondosa, veredas urbanas vêm à mente – e a beleza de um ensinamento ancestral: a vida é em rede
A noite chega — e a chuva cai. Matas bailam com a ventania. Amanhã é dia de trabalhar a terra. O breu absoluto traz paz… e dúvidas. Afinal, a cidade faz promessas: bares, cinemas, museus. Por que, então, fugir a uma comunidade pós-capitalista?
Dois terrenos à vista para uma comunidade pós-capitalista. Num deles, vegetação nativa, riacho e relevo suave permitem ocupar até metade da gleba. Mas a história está apenas começando. É tempo de escolher — e arar terra, ideias e espírito