De forma gratuita, chegam ao streaming sete obras do cineasta, com toda sua genialidade — e até os erros fecundos. Entre eles, Câncer (1968), um experimento radical de “pedagogia da violência”, que antecipa a estética do Cinema Marginal
Ele fala em “vontade do povo”, mas logo cai em contradição. Exalta-se. Perde o controle. Quebra liturgias. Há instabilidade, ruído, vozes dissonantes. Parece 2020, mas é 1968 nas lentes de Andrea Tonacci, indispensável cineasta brasileiro
Autor de oito longas, ele morreu amargurado com a situação do país. Pagou um alto preço por sua radicalidade em 50 anos de carreira: produção errática e intermitente, obra sem a repercussão merecida e uma debilitada saúde