Rio seria a primeira cidade a reconhecer fazeres do povo de terreiro como promoção de saúde – mas voltou atrás, dias depois. Conhecimento ancestral afro-brasileiro é eficiente no cuidado e prevenção, e sua legitimação é prevista pela Política de Saúde da População Negra
Documentário assustador mostra a cruzada neopentecostal, muitas vezes articulada ao tráfico, para expulsar religiões afro-brasileiras da periferia. Uma guerra assimétrica em que Deus torna-se moeda de troca e esfacela a cultura popular
No terreiro de Pai Duda, em Cachoeira (BA), drones de vigia precederam os ataques. Vieram então as caminhonetes com as multidões ferozes. Nos últimos 30 anos, violência contra religiões de matriz afro disparou. Em 2021, foram 581 ataques
Eles já são maioria em SP e Rio. Não seguem doutrinas específicas, mas cultivam elementos de religiosidade. Porém, suas pautas culturais e de gênero e a luta antirracista muitas vezes entram em choque com a agenda moral das igrejas
Visita a espaços de culto de religiões de matriz africana – que historicamente têm mulheres como líderes. As Iaôs e Ialorixás tornam-se referências nas lutas pelo direito à igualdade religiosa, de raça e de gênero
O coração na ponta da caneta em duas poetas da periferia. Em gritos, sussurros, devoções e resistências, a intimidade como convite à diversidade que habita o eu, sem narcisismos, e a cantar a esperança diante da correria do mundo
Para Silvia Federici, o Comum só pode emergir quando adota-se um modelo cooperativo de reprodução, partilhado pelas comunidades. E há exemplos vivos, no Brasil: em casas comunitárias, mas também nos quilombos e nos terreiros