Enquanto o Brasil debate as tolas provocações de Bolsonaro, avançam, em todo o mundo, pesquisas reais sobre tratamentos. Questão crucial: é justo permitir que mega-corporações decidam que medicamentos serão produzidos — e a que preço?
Ortodoxia liberal é questionada ao menos desde 2008, quando evidenciou-se desconexão de seus modelos com a realidade. Mas aqui, economistas insistem na “austeridade” — para alegria dos especuladores. Pandemia poderá desmascará-los?
Os mais ricos tentam apresentar-se como promotores de “obras sociais” – mas comemoram ampliação de mecanismo semi-secreto, que lhes garante sonegar em massa e impunemente. Bolsonaro participa da farra – denunciada até por Moro
Autodeterminação é princípio constitucional brasileiro. Mas não sob Bolsonaro, obediente às regras impostas pelo Império Americano a suas “províncias”. Tudo o que faz — da antipolítica à violência — são, no fim, atos de subserviência
Presidente ameaça saúde pública — e sustenta parcela de fiéis seguidores. Mas há ainda, no empresariado, quem o apoie por interesse cruel: instrumentalizando a alienação em nome de seus interesses financeiros
Dividida e paralisada, equipe do capitão tornou-se estorvo para um país que se defronta com risco de tragédia. Mas projetos que tramitam no Legislativo demonstram que ele se ampara no interesse do 1%. É hora de acirrar o choque de projetos
Agora, muitos querem se afastar do capitão. Mas não basta: o que mais enfraquece o país é a política de devastação do Comum e de submissão ao mercado. Comandada por Paulo Guedes, ela ainda é aplaudida pelo poder econômico e mídia
Há saídas não-neoliberais: Estado poderia oferecer crédito a cidadãos e empresas, exigindo que mantenham funcionários. Via BNDES, recomprar ações da Petrobras. E elevar a produção de bens e serviços de combate ao covid-19
Sociólogo português analisa: ultradireita fracassa no combate ao vírus, em toda parte. Países não tragados pela lógica liberal obtêm os melhores resultados. Bolsonaro aproveita-se para intensificar ultracapitalismo. Destituí-lo é a primeira luta