Sinais da grande crise. No centro da metrópole, moradores de rua, entregadores, desempregados e até trabalhadores aguardam mais de uma hora por um prato de comida. E tudo pode piorar, se terminar o auxílio emergencial de R$ 600
Ao cortar auxílio pela metade, governo estrangula mais a economia e deixará milhões na fome. Para evitar colapso social, será preciso restabelecer valor integral, e prorrogá-lo até o fim da pandemia — e votação de MP 1.000 é caminho mais curto
Henrique Costa estudou as periferias de São Paulo por semanas, durante a pandemia. Agora, conta o que viu sobre a revalorização dos “bicos”, a difusão do discurso do “empresário de si mesmo” e as atitudes contraditórias diante dos R$ 600
Há recursos: Tesouro Nacional poderia financiar os R$ 600 — e para além de dezembro. Mas, na contramão mundial, elite brasileira defende com ardor Teto de Gastos, enquanto desemprego explode, população agoniza e país beira o colapso