Esforço de Bolsonaro em legalizar a grilagem e a mineração excita os vetores do contágio: na pandemia, madeireiros e invasores não fazem quarentena. Em meio ao desmonte das políticas de saúde indígena, governo subnotifica casos em aldeias
Isolamento, como estratégia para conter doenças, é usado há séculos, como sinal de que preservação da vida sobrepõe-se ao individualismo. Até hoje, tribos inteiras deslocam-se e reformulam seus modos de vida à maneira de seus antepassados
No deslumbrante distrito paraense, frequentado por turistas de todo o mundo, anciã indígena morre e outros dois estão internados, graves. Doença pode se espalhar para outros vinte municípios. Hospital próximo tem apenas com 20 leitos de UTI
Em seis excertos literários, as tensões de um Brasil que comemorará o Centenário do Modernismo: ogros amarelo-olavo; bolsões de cruzes na quadra ao lado; ideias em óbito ou em estado terminal e pirraça de tudo que é ordem e desordem
Documentos até agora ocultos revelam: ministro da Justiça e vice assumiram na prática atribuições do Meio Ambiente para afastar Ibama e ICMBio da autuação de desmatadores. Leia também: Bayer e Basf condenadas por estímulo à agrotóxicos
No mesmo dia (7/2), governo nomeia missionário para “zelar” tribos isoladas e libera garimpo e mineração em reservas. Beneficiará meia duzia de barões – ao custo de massacres, perda de saberes ancestrais e enorme desastre ambiental
Ao completar 400 dias no governo, ele discursa contra pessoas com HIV (o que agrada industriais que querem demiti-las) e assina projeto que retira proteção às terras indígenas. Leia também: Saúde gastará R$ 140 mi em suspeitas de coronavírus