OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Quatro anos são insuficientes para agroecologizar o campo. Em vez de incentivos universais, que promoveram “agronegocinhos”, será preciso programas integrados focados em agricultores já envolvidos, a partir de fundos locais e autonomia

Cresce, no Senado, pressão das bancadas do atraso por projeto que privatiza inspeção sanitária de alimentos. Texto prevê até a “autofiscalização”. Além de enfraquecer prevenção de doenças, matéria dificulda punir práticas fraudulentas

Retrato da crise brasileira, a partir de self-service e restaurantes locais. Vendas despencaram – e muitos fecharam as portas. Com carne bovina caríssima, proteínas como frango, porco, vísceras e o “bife de ovo”, tomam conta das “quentinhas”

• Conferência Livre de saúde no Rio • Em reunião da SBPC, a defesa da democracia • Planos de saúde de olho nas campanhas eleitorais • Onde estão os remédios para covid? • Pesquisa com agrotóxicos e censura • 8 anos após derramamento de petróleo na amazônia •

Após a ditadura, o agrarismo tornou-se a maior bancada legislativa do país. Duas estratégias foram chaves: marketing pesado para camuflar seu atraso e o Instituto Pensar Agro, que articula lobistas, executivos e corporações transnacionais

Se passar no Senado – o que pode ocorrer em breve – impactos vão além do risco à saúde no prato. Trabalhadores rurais serão mais expostos, e produtos brasileiros poderão ser barrados no exterior. Sob pena de multa, Anvisa ficará pressionada a aprovar agrotóxicos

Projeto quer restringir apoio aos pequenos e médios produtores e priorizar critérios de mercado para pesquisa. Para justificá-lo, governo estrangula orçamento e fragiliza a empresa pública, entregando-a ainda mais ao agronegócio

Setor se apropria de discurso sustentável para buscar lucros em áreas preservadas por povos tradicionais – ignorando o conhecimento ancestral. Floresta reduz-se a nova fronteira de corporações, com risco de deixar quem cuida dela de fora

Comitiva vai ao Matopiba, nova fronteira agrícola do país, e relata o terror ruralista em 35 comunidades. Grandes propriedades, que se apresentam como “modernas”, estão ligadas a assassinatos, desmatamento e grilagem

Documento agora indispensável demonstra como governo age para desmontar políticas indigenistas, reprimir povos originários, sabotar demarcações e assediar servidores do órgão. Informações permitem pensar novas políticas, após pesadelo