OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Que fazer, se as desigualdades explodem e a “velha política” desencanta maiorias? Defender instituições exauridas, mas ameaçadas pelo fascismo? Tatear em busca de nova democracia, ainda incerta? Ou combinar as duas ações — mas como?

Até os anos 90, emergia nas cidades setor médio proletário, com certa mobilidade social e qualidade de vida. Mas décadas neoliberais transformaram-no em precariado, desiludido e refém de elites que, cada vez mais, engordam suas riquezas

Criada na ditadura militar, a corporação tornou-se um “cantinho” do estado de exceção e, hoje, é responsável por 13,3% das mortes violentas no país. Reforma policial é urgente para combater o apartheid nas periferias e a erosão da democracia

Entidades questionam: para reabrir comércios, a Prefeitura promoveu a ocupação de espaços públicos, priorizando pessoas em vez de carros. Mas deixou escolas à própria sorte. Reabri-las requer novos olhares sobre o ensino e a cidade

Está surgindo uma nova geração anticapitalista? “Bifo” Berardi vê a bifurcação da humanidade. A face real da “recuperação” econômica. O Brasil será cúmplice do genocídio palestino? Leia a edição desta sexta de Outras Palavras

Nos EUA, eles aderiram ao Black Lives Matter e à campanha radical de Sanders. No Chile, Equador e Peru, insurgiram-se contra o neoliberalismo. Agora, na Europa, pesquisa revela: os muito jovens querem outra ordem econômica e política

Comissão da Câmara dos Deputados aprova cooperação Brasil-Israel em Defesa e Segurança. Bolsonarismo e atuação crescente no país de corporações militares israelenses são pistas para entender complacência com o apartheid sionista

Em obra premiada, Dai Sijie indaga: por que ler clássicos, como Tolstói ou Shakespeare, que tratam de épocas e realidades tão distantes? Resposta está na mágica da fabulação – que constrói pontes improváveis e convida à combater o obscurantismo

Allan da Rosa e Dinha, dois poetas das quebradas, com doutorado na USP, mas que não se transformaram em eruditos de aquário. Eles apostam na poesia sofisticada, mas acessível, forjada na “teoria suada” da ação política e nos saberes do Nordeste e da África

Cunhado por Adela Cortina, filósofa espanhola, o termo refere-se à “aversão ao pobre”. Por trás do ódio classista, a distopia ultraliberal de só quem se senta à mesa do consumismo é humano. Combater essa lógica vai além de valores éticos e solidários