Judith Butler propõe redirecionar a raiva e indignação

Obra de pensadora estadunidense analisa o vínculo ético-político do que entendemos como violência e não-violência — e suas conexões com as relações sociais, a luta coletiva e o biopoder. Quem apoia nosso jornalismo concorre a três exemplares e têm 25% de desconto

Judith Butler, renomada pensadora feminista estadunidense, observa em sua obra A força da não violência, sob o olhar filosófico e psicanalítico, como a ética da não violência está intrinsecamente ligada a uma luta política mais ampla pela igualdade social, refletindo sobre como a violência é frequentemente atribuída aos mais expostos aos seus efeitos letais – e frequentemente não são dignos de luto, sendo esta a condição limite da violência. Esta linda edição foi lançada pela Editora Boitempo, parceira editorial de Outras Palavras.

A autora nos convida a reavaliar o que chamamos de violência e não violência, sob a perspectiva individualista das relações sociais ou de um Estados no exercício do biopoder. A não violência, para Butler, é condição básica da interdependência entre seres humanos, sendo uma prática de resistência à destruição e desvalorização da vida. 

Trecho da apresentação da obra, publicado em Outras Palavras:

“A não violência é com bastante frequência compreendida como uma posição moral, uma questão de consciência individual ou razões para uma escolha individual de não engajamento em um caminho violento. No entanto, pode ser que os motivos mais persuasivos para a prática da não violência impliquem diretamente uma crítica do individualismo e exijam que repensemos os laços sociais que nos constituem como criaturas vivas. Não é simplesmente o indivíduo anular sua consciência ou seus princípios mais profundos quando age violentamente, mas é a violência por em risco certos “laços” necessários à vida social, ou seja, à vida de uma criatura social.”

Outras Palavras e Boitempo sortearão três exemplares do livro aos apoiadores de nosso jornalismo de profundidade e sem catracas. Mandaremos por e-mail o formulário para participar do sorteio e os cupons de desconto na loja online da editora. As inscrições serão até sexta-feira, dia 23/10, às 15h!

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2 comentários para "Judith Butler propõe redirecionar a raiva e indignação"

  1. Joao Kennedy M Ornelas disse:

    Essa autora é uma militante da desagregação social, promove a intolerancia sexual, atraves da destruiçao da identidade individual. Isso reflete na sociedade com uso da força, da imposição, do individualismo e promoção da desiqualdade de direitos na sociedade, algo inviavel na evolução de uma sociedade de respeito mutuo.

  2. Eu não compreendo desta forma o discurso dela, pois ela parte do princípio que somos seres sociais.

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