São Paulo abrirá alternativa aos agrotóxicos?

Na maior cidade do país, projetos podem estimular agricultura orgânica, incluindo seus produtos na merenda escolar. Brasil ainda lidera uso de venenos agrícolas

Por Greenpeace

querra quimica

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Na maior cidade do país, projetos podem estimular agricultura orgânica, incluindo seus produtos na merenda escolar. Brasil ainda lidera uso de venenos agrícolas

No site do Greenpeace

Representantes de diversas entidades que formam a Frente pela Alimentação Saudável pela Agricultura Orgânica e Contra o Uso de Agrotóxicos, dentre elas o Greenpeace, foram recebidos na Câmara Municipal de São Paulo pelo presidente da Casa, o vereador José Américo (PT). O intuito é pedir apoio ao vereador para que ele mobilize parlamentares pela aprovação de dois projetos de lei por uma alimentação mais saudável na cidade de São Paulo.

O primeiro projeto de lei, o PL 451/2013, foi formulado pelos vereadores Gilberto Natalini (PV), Ricardo Young (PPS) e Nabil Bonduki (PT) e tem como objetivo a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar do Sistema Municipal de Ensino do Município de São Paulo. Já o PL 891/2013, de autoria dos vereadores Toninho Vespoli (PSOL) e Nabil Bonduki, proíbe o uso e comercialização de agrotóxicos no Município de São Paulo.

Desde 2008, o Brasil é líder no consumo mundial de agrotóxicos. De acordo com a Anvisa, 20% dos agrotóxicos produzidos no mundo vêm parar no País, já que muitos deles são proibidos em seus países de origem.

É impossível ignorar os impactos dessas substâncias, como a abamectina, o acefato, o triclorfom, o carbofurano, entre outros. Esses pesticidas alteram o DNA e levam à carcinogênese, ou seja, a formação de câncer, atingindo desde os trabalhadores rurais e animais até os consumidores finais.

O presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Rosa, que solicitou o encontro com o vereador José Américo, destaca que essa luta é difícil em âmbito nacional: “O lobby das empresas conseguiu fazer com que a nossa legislação flexibilizasse e permitisse o uso dessas substâncias que já foram banidas em seus países de origem. Em nível nacional é mais difícil lutar contra os ruralistas por isso adotamos a estratégia de barrar localmente, com uma legislação municipal”.

O projeto de lei 891/2013 dispõe também sobre a promoção e valorização da agricultura familiar, que produz alimentos orgânicos e livres de substâncias tóxicas, garantindo preço competitivo e geração de trabalho, sempre com técnicas de produção sustentáveis. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo acenou positivamente e sugeriu audiência pública para os próximos dias.

 

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Um comentario para "São Paulo abrirá alternativa aos agrotóxicos?"

  1. Essa forma de atuação política dentro dos municípios poderá gerar resultados mais satisfatório ao combate do uso indiscriminado na agricultura, para melhor proteção de nós consumidores.

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