Ideb e os desafios da Educação

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Um dos grandes desafios brasileiros é, provavelmente, pensar a Educação sem descambar para a repetição de chavões. O MEC e o Instituto Anísio Teixeira (Inep) divulgaram ontem os resultados do Ideb — Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. As opiniões imediatamente se dividiram.

Nos jornais conservadores (Folha, por exemplo), a tônica foi enfatizar que “ainda estamos muito longe dos países desenvolvidos” — como se isso fosse notícia. Menosprezou-se o fato de, nas nove séries do ensino básico, ter havido melhora importante — a nota média (entre zero e dez) passou de 4,2 para 4,6 entre 2008 e 2009, atingindo uma meta que se previa alcançar em 2011. No site do  Inep, a mesma superficialidade, com sinal trocado. Destaca-se o avanço, desconsidera-se o baixíssimo patamar em que ainda estamos.

Pior de tudo, parece faltar um debate que vá além dos índices, do quantitativo. Que Educação o Brasil deve perseguir, numa era em que o digital vira de ponta-cabeça o acesso às informações, as relações professor-aluno e o próprio papel da escola? Basta que “o Ideb chegue a 6,0 até 2022”, como sugere outro texto no portal do Minc?

Um desafio aos leitores do blog: levantar um conjunto de textos sobre os reais impasses da Educação, nos tempos, e as alternativas para superá-los.

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