Rede TVT debate a carga tributária

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Repórter CarlosCarlos questiona, em tom irreverente, uma das chagas do sistema de tributos brasileiro: a enorme incidência de impostos indiretos

Criada em 2010, após uma batalha de 26 anos, e mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), a TV dos Trabalhadores (TVT) começa aos poucos a inovar na forma e conteúdo. Estreou este mês, em sua programação, a irreverência do repórter Carlos Carlos. Suas reportagens diárias colocam em debate, em ambiente populares, temas nacionais e internacionais de relevância. São marcadas por produção simples (o próprio apresentador maneja a câmera, uma HVX simples, com bom áudio) e pelo questionamento dos padrões estéticos da TV convencional.

Carlos acredita que a força da televisão deveria ser, na era digital, a espontaneidade. Nas oficinas de webTV que oferece, ele estimula cada participante a gravar, com uma câmera simples ou um telefone celular, histórias ou ideias relevantes que merecem ser compartilhadas. Sonha com um sistema de comunicações democratizado, em que estas produções — imperfeitas tecnicamente, mas criativas e reveladoras — possam ir ao ar frequentemente.

A TVT lhe deu a oportunidade de testar a fórmula. No programa acima, por exemplo, Carlos questiona o fato de os impostos indiretos pagos pela população — os que o contribuinte não recolhe diretamente à Receita, mas está incorporado no preço dos produtos e serviços consumidos — serem muito altos. A população choca-se ao saber das alíquotas. Os apresentadores, no estúdio, explicam: o Estado cobra muito em impostos indiretos porque não tem coragem de tributar mais fortemente os ricos e as grandes empresas, por meio do Imposto de Renda. É um grande trunfo da TVT ter, em sua grade, a insubmissão de Carlos Carlos — que será reproduzida com frequência por Outras Palavras.

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