Por coronavírus, republicanos começam a romper com Trump

Governadores e parlamentares contrariam presidente, e dois terços dos eleitores não confiam nele

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Os Estados Unidos já estão com 3,8 milhões de casos confirmados e o número de mortes passa de 140 mil em todo o país. Vendo seus estados chegarem a níveis alarmantes, alguns políticos republicanos começam a contrariar o presidente Donald Trump. Governadores, por exemplo, estão emitindo ordens sobre o uso de máscaras e fechamentos de negócios; segundo a matéria do New York Times traduzida pelo Globo, alguns deles “conversam por telefone tarde da noite para trocar ideias e queixas; e buscaram outros parceiros no governo que não o presidente, incluindo o vice-presidente Mike Pence, que apesar de ratificar Trump em público, é visto pelos governadores como muito mais atento ao desastre contínuo”.

Entre os parlamentares, mesmo o senador Mitch McConnell, líder o governo, rompeu com Trump em quase todas as questões importantes relacionadas ao vírus. Isso sem falar nos eleitores: uma pesquisa publicada na sexta-feira pelo ABC News e pelo Washington Post mostrou que dois terços dos americanos têm pouca ou nenhuma confiança nos comentários de Trump sobre a covid-19.

A propósito: em um tuíte no mês passado, o presidente afirmou que o número de casos da doença nos EUA subiu porque o país começou a testar mais. É óbvio que a desculpa não colou, mas ainda assim o STAT analisou os dados de testes em todos os estados para confirmar que de fato não foi nada disso. Foram comparados dados de maio, junho e julho; e, para obter uma medida da prevalência da doença, a reportagem calculou em cada data o número de casos encontrados a cada mil testes. Dos 33 estados que viram o número de casos explodir, em apenas sete o aumento foi impulsionado principalmente pelo aumento de testes. Nos outros 26 estados, a contagem aumentou porque as pessoas de fato de infectaram mais. 

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