Gaza, laboratório da brutalidade global

Campanha selvagem de Netanyahu é abraçada no imaginário da extrema direita global e condensa todos seus símbolos. Além de denunciar os crimes de Israel, defender os palestinos é hoje fazer frente pelo futuro da democracia e dos direitos

Imagem: Reuters
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Por Cícero Araújo na Revista Rosa 

Texto publicado originalmente na Revista Rosa, parceira editorial de Outras Palavras, em um dossiê Hors-Série “A disputa Israel × Palestina sob a perspectiva da guerra”.

Antes de expor nossa opinião sobre o tema proposto neste Hors-Série, uma nota de advertência. O conflito israel-palestino é questão complicadíssima em qualquer dimensão imaginável: histórica, política, militar, jurídica etc. Mas ela é especialmente difícil de tratar por conta de sua pesadíssima carga emocional. Nós, brasileiros, mantemos estreitas relações de amizade com as duas comunidades e sentimos bem de perto o padecimento avassalador que elas têm vivido nos últimos dias. Se somos impelidos, como cidadãos do mundo, a tentar entender o que acontece, ponderar os prós e os contras e expressar uma opinião, mesmo tomando uma posição enfática, como faremos aqui, nada dela abate nossa imensa perplexidade e repulsa diante de tanta violência, tantas vidas perdidas e tanto horror.


A história da construção do Estado israelense é uma exibição trágica do poder corrosivo dos movimentos nacionalistas que se deixam reduzir por seu particularismo de origem, e com ele moldar uma identidade coletiva essencializada, submetendo a cidadania política a um processo de autoenclausuramento, alérgico à ampliação democrática. Pois este é o caso das cidadanias erigidas à base de critérios étnicos e/ou religiosos – i.e., exclusivistas –, que impõem uma lógica de legitimação do correspondente Estado nacional a serviço desses critérios: o Estado “judeu”, o Estado “muçulmano” etc. Mesmo que se constituam, formalmente, como Estados laicos, o exclusivismo acaba gerando uma sistemática aversão à alteridade, impermeável ao reexame dos critérios de “entrada”. Para Israel, essa tendência permaneceu latente em sua criação, de certa forma represada pela força pioneira das vertentes progressistas do sionismo, e pela necessidade prática de atrair aliados entre os não-judeus, o que tornou possível uma assimilação de árabes palestinos nos primeiros anos, ainda hoje parcela considerável (cerca de 20%), embora cada vez mais alijada, de sua população. Conforme, porém, o conflito com a população palestina não-assimilada foi se radicalizando e injetando doses maciças de chauvinismo no sentimento patriótico, a ideia de que Israel é o “Estado do povo judeu” se naturalizou: de fato, ela se transformou em lei apenas em 2018 (a “Lei do Estado-Nação”), mas esse lance nada mais fez do que formalizar um fato consumado.

Por aí se vê o destino do próprio regime democrático do país que, mergulhado num espaço densamente habitado pelo “outro”, tornou-se uma democracia semelhante à de clubes exclusivos: direitos e participação, sim, mas só para os detentores do cartão “vip”, inevitavelmente odioso para aqueles que, por definição — em vista dos critérios de acesso —, não têm nenhuma esperança de um dia vir a possuí-lo.

O mesmo impasse se daria com qualquer futuro Estado palestino que viesse a surgir na vizinhança, se em seu nacionalismo predominasse a mesma tendência que acabamos de descrever. Pois ao se erigir como o par simétrico do Estado “judeu”, estaria fadado, também, a disputar palmo a palmo com seu par o bem mais escasso da região: a terra. Daí que Israel, embalado pela “fome” de terra, mas tendo a força bruta a seu favor, nunca aceitará o erguimento de um Estado palestino independente: o máximo que pode conceder é um acordo de autonomização estritamente controlado, sujeito a idas e vindas, ao sabor dos ciclos eleitorais de seus governos — vale dizer, um arremedo de Estado. Eis que a experiência histórica acabou dando razão, infelizmente, aos críticos dos Acordos de Oslo.

Mas já prevendo que venha a ser obrigado, no futuro e por razões puramente estratégicas, a ceder mais do que o pouco que cedeu trinta anos atrás, os sucessivos governos israelenses trataram de se antecipar à disputa pelo espaço, incentivando a ocupação violenta de terras vizinhas, obviamente ao arrepio do direito internacional. Entende-se por que a ocupação teria de ser feita com a expulsão dos palestinos: como o critério de acesso da cidadania segue a lógica do “mais do mesmo”, a violação se deu através do incentivo à entrada maciça no país de imigrantes judeus que, em troca da obtenção da cidadania israelense, transformaram-se imediatamente, como colonos, em pontas de lança do plano usurpador. Mas isso que aparentava ser apenas a face mais visível de uma política “externa” agressiva, teria também profundas repercussões na política interna.

Pelo menos desde o colapso da União Soviética, que abrigava, depois dos Estados Unidos, o maior contingente contemporâneo da diáspora judaica, a onda migratória para Israel, amparada pela “Lei do Retorno” (de 1950), foi modificando decisivamente a balança da disputa ideológica e político-partidária do país — sempre em favor da direita, em particular a direita religiosa e a extrema-direita. O que não é difícil explicar: a própria política de tomada violenta de terras, marcada por confrontos brutais com os antigos ocupantes, só podia predispor os cidadãos recém-admitidos ao apoio irrestrito a partidos e lideranças com programas igualmente brutais e autoritários, tanto para fora quanto para dentro do Estado. O resultado desse processo foi o apagamento da diversidade ideológica do sionismo, sufocando o impulso progressista que trazia em sua fundação. Tal é o pano de fundo do declínio eleitoral do Partido Trabalhista, que durante décadas havia sido a alternativa hegemônica do país, mas que hoje não passa de uma palidíssima imagem de seu passado. Como se vê, isso não se deu em virtude de erros de condução ou flutuações da conjuntura política, mas por razões estruturais, as quais extrapolam em muito, mas também explicam, a sequência interminável de confrontos sangrentos, assim como a presente rodada de massacres mútuos — ambos absolutamente repugnantes e inaceitáveis.

Esses desdobramentos revelam também a séria encalacrada na qual a esquerda sionista está metida. Com a mudança demográfica e o profundo desequilíbrio que provocou na política interna israelense, hoje ela se encontra dividida entre dois caminhos: ou opor-se frontalmente não só aos governos de direita e extrema-direita, mas ao monstrengo político-militar em que se tornou o Estado, porém arriscando-se a aprofundar seu isolamento político e social; ou resignar-se à condição de força subsidiária do projeto estatal, mais ou menos como a própria Autoridade Palestina se transformou na Cisjordânia. Esse segundo caminho, decorrência da própria dificuldade que essa esquerda tem de exorcizar o nacionalismo essencializado que impregnou o Estado israelense, e que a leva a partilhar com seus compatriotas o sentimento de viver sob cerco permanente — simples imagem invertida da cidadania autoenclausurada — e, em momentos de altíssima tensão externa como o atual, a alinhar-se instintivamente aos governos de plantão, visto serem momentos de reafirmação da identidade nacional. Na prática, contudo, essa orientação significa, depois que essas forças lograram apoderar-se em caráter quase definitivo do leme do Estado, submeter-se à chantagem que a direita e a extrema-direita lhe impõem: “ou vocês estão conosco, ou estão contra nós e, logo, em conluio com o inimigo”. Dada a enorme pressão das circunstâncias atuais, é até espantoso que ainda sobreviva uma esquerda independente no país, pequena que seja, disposta a organizar, em parceria com aliados palestinos, movimentos e grupos de ativistas que corajosamente desafiam essa chantagem.1

Mas os dilemas da esquerda sionista são apenas a versão extremada dos dilemas que também enredam o Partido Democrata nos Estados Unidos. Ali, a vitória de Joe Biden significou uma importantíssima virada na política interna, uma vez que o novo governo, logo de saída, e com apoio da ala esquerda liderada por Bernie Sanders, lançou um programa econômico e social ousado e progressista, voltado para recosturar o tecido social rompido durante os anos de triunfo da ordem neoliberal. Ao mesmo tempo, porém, sua política externa é uma continuidade daquela deslanchada por Donald Trump, de sentido hipernacionalista, e dedicada a reafirmar o Estado norte-americano como potência mundial hegemônica. Como estamos testemunhando neste exato momento, essa política impele o governo Biden e a maioria do Partido Democrata, excusados pelo compromisso autoassumido de combater o terrorismo internacional, a continuar a tradicional posição de alinhamento com Israel. Desta vez, porém, em versão indigesta, porque os obriga a fazer vistas grossas à ofensiva que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está promovendo contra o Poder Judiciário de seu próprio país.

Assim, enquanto trava uma batalha de vida e morte contra Trump e a extrema-direita republicana, o Partido Democrata se vê, tal como a esquerda sionista, objetivamente enredado no papel de força subsidiária da extrema-direita israelense no Oriente Médio. Daí que o mínimo que se há de esperar da esquerda do partido é que se empenhe por uma reviravolta na política externa de Biden, no sentido de fazê-la priorizar a construção de uma ordem internacional mais generosa, à altura do que já está fazendo com a ordem econômica e social dentro de seu país.

E o que dizer da esquerda democrática no restante do mundo, inclusive no Brasil? De partida, há um dever de solidariedade irrestrita na pauta, tanto às vítimas do ataque do Hamas quanto às do bombardeio indiscriminado de Israel. Nada pode atenuar a gravidade do que aconteceu e está acontecendo: pesam sobre esses dois protagonistas, pela enormidade e crueldade extrema de seus atos, crimes contra a humanidade. Do ponto de vista político, no entanto, são os sucessivos governos israelenses os principais responsáveis pela longa irresolução do conflito. Tais governos tornaram-se simples prolongamentos de um aparato burocrático-militar opressor que ganhou vida própria e que, pelas razões apontadas antes, jamais deixará o povo palestino escolher livremente seu caminho e constituir um verdadeiro autogoverno. Pelos mesmos motivos, não há por que deixar de acusar a responsabilidade maior dos Estados Unidos pela perenidade do impasse no plano internacional, graças a sua inamovível sustentação desse aparato.

A nosso ver, não cabem acusações de mesma contundência ao lado palestino, pelo apoio que recebe de potências regionais (como o Irã): tentativas de os igualar — uma das muitas que aparecem no debate sobre o assunto —, além de não levar em conta o tremendo desequilíbrio de forças, ignoram completamente o que é essencial nesse conflito em termos de sua justiça ou injustiça: que um dos lados submete o outro a um regime opressivo permanente. Centrar a crítica à cumplicidade norte-americana, contudo, nada tem a ver com dar primazia à velha causa anti-imperialista em detrimento da causa democrática. Nem tem cabimento opor uma à outra, pelo menos no que tange esse conflito. Sobre esse ponto, seguem algumas considerações adicionais.

É difícil compreender a profunda repercussão global do drama palestino, especialmente no Ocidente, se sua causa não fosse percebida como justa e, portanto, separável do ato criminoso perpetrado pelo Hamas. É verdade que neste momento já estamos sob o impacto da resposta desproporcional do Estado israelense, a qual de certo modo provoca uma virada no jogo, na medida em que o ônus moral da violência e crueldade troca de mãos e, como aludido, para mãos incomparavelmente mais fortes. Ainda assim, é notável que a tragédia vivida na Faixa de Gaza desperte tamanha consternação e indignação, em vez de mera indiferença, precisamente no interior da opinião pública ocidental — com quem os israelenses, há tanto tempo, cultivam estreitas relações. Outra vez, não saberíamos explicar esse fato se a causa palestina já não fosse percebida como, pelo menos, defensável em si mesma, independentemente do atentado e de seus autores. Mas essa resposta não esgota a questão.

Ocorre que a presente rodada do embate israel-palestino não está sendo compreendida nos países ocidentais (Brasil inclusive) apenas como um problema grave, mas remoto, se desenrolando num naco de terra a milhares de quilômetros de distância, para a qual não caberia nada além de um gesto de solidariedade. Ao contrário, a óbvia tendência a simpatizar com o sofrimento dos mais fracos vem amalgamada com a intuição de que o embate não é exclusivamente “deles” — dos que estão “lá” —, mas também “nosso”, dos que estão “aqui”. Enfim, a Faixa de Gaza parece estar carregada de um simbolismo que nos interpela diretamente, e suspeitamos que por aí esteja seu ponto nevrálgico.

O simbolismo a que nos referimos não é difícil de distinguir, embora exija o esforço nada trivial de olhar para além das sombras terríveis deixadas pela violência recíproca de ambas as partes. Esforço particularmente penoso para quem, propenso à causa palestina, permanece paralisado porque não quer ver sua posição confundida com o endosso do terrorismo. O que estamos querendo dizer é: a despeito e para além disso, assim como para além da questão da solidariedade, insinua-se a possibilidade de que a luta dos palestinos contra o governo israelense ocupe o lugar simbólico de outra luta, esta definitivamente nossa, muito mais ampla e de maiores consequências para nós, embora “projetada” ou “encenada” naquele lugar longínquo e à primeira vista pouco significante. Trata-se, a nosso ver, da batalha que por essas bandas se trava pela alma de nossas democracias, a batalha que, aqui e agora, está definindo seu destino.

Não nos parece casual que as correntes de extrema-direita autoritária mundo afora tenham resolvido se atirar com todas as forças exatamente para o lado em que se atiraram, e exigir de seus respectivos governos o apoio sem limites, incondicional, à resposta que o governo de Benjamin Netanyahu vem dando ao ataque do Hamas. Embora o campo democrático, ao contrário da extrema direita, esteja bem longe de uma unidade a esse respeito — algo que as próprias páginas deste Hors-Série testemunham —, merece devida atenção o deslocamento de parcelas importantes da opinião pública democrática no sentido de rejeitar a opressão israelense, independente de qual seja a melhor solução ou melhor caminho para lhe pôr um fim.

Críticos dessa rejeição privilegiam denunciar como ela vem misturada com velhos sentimentos antissemitas — praga que, de fato, teima em persistir. Mas é preciso um bocado de má-fé para afirmar que este é seu sentido principal: a fim de neutralizar seu conteúdo crítico, coloca-se tudo no mesmo saco. Para desfazer essa confusão, basta notar como a simpatia à causa palestina engaja também uma parte da própria diáspora judaica, pois é nela que talvez encontremos as críticas mais pontiagudas ao que se desenrola no Oriente Médio. Obviamente, nada há nessas críticas que possa ser acusado de antissemitismo, embora muitas delas alvejem o sionismo israelense ou, pelo menos, suas derivas extremistas e autoritárias mais recentes. A diferença é simples e já vimos explicada várias vezes, mas não custa repetir: uma coisa é fazer a crítica política ao nacionalismo sionista ou a certas ideologias que pretendem justificá-lo — sendo que neste artigo nós mesmos buscamos reelaborar uma variante dessa crítica; outra é exprimir um preconceito racial (o antissemitismo), em si mesmo odioso e que deve ser prontamente repudiado onde quer que se apresente, especialmente no interior de uma luta emancipatória, e mais ainda se ela aponta para uma causa de maior amplitude, de sentido universal. O que nos leva de volta à questão do simbolismo da luta palestina e à conclusão de nosso raciocínio.

É certo que vemos um engajamento mais massivo a ela em países onde há grandes contingentes de imigração árabe e/ou islâmica. Alguém poderia dizer: “elementar!”. Sua suscetibilidade, porém, não é pura questão de fraternidade étnica ou religiosa. Em tais países, essas populações observam com enorme ansiedade o crescimento eleitoral da extrema-direita, já tendo indicações suficientes para antecipar o que lhes ocorreria se o autoritarismo ali prevalecesse: bastaria assistir à entrevista do ex-embaixador israelense na Itália, quem, sentindo-se amparado pelo governo da extremista Giorgia Meloni, pôde vociferar à vontade o tratamento que, a seu ver, deveria ser dado aos habitantes da Faixa de Gaza.2 Aí está o simbolismo em operação: porque, falando de onde falava, embora o povo palestino fosse, literalmente, o objeto de seu ódio, o ódio ele mesmo derramava-se da telinha para sua putativa audiência na própria Itália; em particular, claro, a população imigrante acima mencionada.

Mas mesmo em lugares onde a população árabe e/ou islâmica não é tão impressionante, como no Brasil, as motivações simbólicas para simpatizar com o drama palestino não são menos cruciais. Dessa vez, bastaria contemplar a imagem que a deputada Carla Zambelli postou há poucos dias nas redes sociais, na qual uma águia com as bandeiras de Israel e dos Estados Unidos pousa suas garras num rato trajando a bandeira da Palestina:3 porque ali o símbolo do pobre roedor não remete apenas ao povo palestino, mas ao ódio que a extremista e seus pares dedicam a todo o campo social que insiste em pugnar pela democracia no país. Sublinhamos em ambos os casos a palavra “ódio”, porque o símbolo, mais do que no lugar de um objeto, está no lugar de um sentimento, do qual é inseparável.

Tudo isso nos faz cogitar que há um elo, uma espécie de circuito invisível que une o embate que se faz em Gaza — mas, não nos esqueçamos, também em Israel! — contra o governo de Benjamin Netanyahu, e os travados atualmente em inúmeros países contra a ascensão do autoritarismo. Ao contrário, portanto, de marginalizar a causa democrática em favor de qualquer outra coisa, trata-se de buscar a melhor sintonia possível de todas as forças dispostas a defendê-la, opondo-as em bloco à escalada da extrema-direita num terreno que não seja escolhido por ela.

Notas

  1. Cf. o pungente depoimento de Dahlai Scheindlin, publicado no New York Review of Books de 12 de novembro passado: “These partnerships have been the only light at a moment of unrelenting darkness. In my unscientific experience, they have been less plagued by bitter breaks between allies than have progressive communities on the American left: Israeli and Palestinian activists in the peace camp have disagreements, but I have not seen Palestinian partners in peace activism justifying Hamas’s indefensible actions, nor have I found Jewish Israelis in these tight-knit communities celebrating Israel’s assault on Gaza. The left in Israel and Palestine seems to know that the region is divided not just by ethno-nationalist distinctions but between those who prefer violence, abuse, and military force and those who insist on the universal sanctity of human life, moral values, international law, and containing conflict politically rather than with military action.” (Dahlia Scheindlin, “Israel: The Left in Peril” em https://www.nybooks.com/online/2023/11/12/israel-the-left-in-peril/). 
  2. Cf. https://www.brasil247.com/mundo/nosso-objetivo-e-destruir-gaza-diz-ex-embaixador-israelense-em-programa-de-tv-video
  3. Cf. https://acessepolitica.com.br/carla-zambelli-publica-foto-de-palestinos-como-ratos-sendo-cacados-por-aguia-israelense-post-e-repudiado/
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Um comentario para "Gaza, laboratório da brutalidade global"

  1. Dioclécio Luz disse:

    Eu peço ao professor Cícero que não faça uso do adjetivo “selvagem” ou “selvageria” ao classificar as atitudes do primeiro ministro de Israel. Os povos das selvas, e nem mesmo os animais das selvas, fazem isso que Netanyahu está fazendo. Indígenas não promovem atos terroristas e nem saem a matar crianças aos milhares como Netanyahu está fazendo. Classificar como “selvagem” essas atrocidades, esses crimes, é alimentar o preconceito contra os indígenas.

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